A nova projeção divulgada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola mostra que devido ao bom desempenho da segunda safra de milho a produção no Estado pode saltar de 6,2 milhões de toneladas (volume computado inicialmente) para outros 7,1 milhões de toneladas. No entanto, o Imea, entidade vinculada à Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), pondera que os números ainda podem sofrer variação.
Em Mato Grosso, até o final da semana passada, 72,7% de toda área destinada à cultura tinham sido colhidos, correspondendo a uma evolução semanal de 14 pontos percentuais. No Estado, produtores já negociaram 29% da safra de milho safrinha. “Só está neste nível por conta da utilização do grão como moeda de troca tanto para pagamento de contas da própria safra do cereal como também como alternativa de financiamento da próxima safra da soja”, conceitua o Imea.
No mercado disponível o instituto acrescenta que “a falta de interesse por parte dos compradores, somado ao excesso de oferta continua refletindo no decréscimo dos preços do milho”, reitera. Conforme o instituto, apenas onde o grão é voltado para o consumo interno é que os preços ainda se mantiveram estáveis.
Na região Nordeste do Estado, onde tudo o que é produzido é consumido, houve menos desvalorizações de preços. Em Canarana, por exemplo, a saca do milho teve um acréscimo semanal de R$ 0,30 e foi cotada a R$ 11,30 a saca na quinta-feira. A mesma situação foi verificada nos municípios onde há o comprador consolidado para mercado interno, como em Lucas do Rio Verde e Campo Verde.
Em Campo Novo do Parecis houve desvalorização de R$ 0,30 na saca, fechando a semana em R$ 8.