A vinda de uma missão européia ao Brasil, entre outubro e novembro, para avaliar a sanidade do rebanho bovino e revalidar a comercialização da carne brasileira, colocou muitos municípios da região Norte em alerta. Alguns ainda estão em busca da habilitação para exportar a carne bovina aos países da União Européia. Atualmente, apenas 49% do rebanho bovino mato-grossense está credenciado e pode entrar no mercado europeu. Nesta porcentagem estão inseridos Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.
O veterinário do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) de Nova Mutum, Verton Silva Marques, disse, ao Só Notícias, que ainda não há confirmação da data da missão, mas esta será fundamental para que os frigoríficos da região mantenham seus negócios com países da UE. “O que sabemos é que eles farão vistorias desde os portos, frigoríficos, no próprio sistema de rastreabilidade e defesa sanitária do Indea, e nas fazendas”, explicou.
Sinop está fora do arco já habilitado pelo mercado europeu, assim como a região do Pantanal. Desde o ano passado, o município vem cobrando apoio dos governos Estadual e Federal para obter a liberação. No município, um grande frigorífico já exporta sua produção para outros países, como EUA, do Oriente Médio, entre outros.
A habilitação da carne do Nortão também está sendo defendida pelo governador Blairo Maggi, esta semana, na Europa. Conforme Só Notícias já informou, ele apresentará à Organização Internacional de Epizootias (OIE) as ações contínuas promovidas para garantir o controle permanente da sanidade do gado mato-grossense, e tentará viabilizar a habilitação de 100% da carne bovina “in natura”.
Maggi defenderá que todas as áreas, habilitadas e não habilitadas, possuem suas propriedades rurais cadastradas, a mesma classificação de risco, condições sanitárias iguais, e cumprem os mesmos procedimentos sanitários no que se refere ao controle do trânsito, vigilância epidemiológica, além de não registrarem nenhuma ocorrência de foco de febre aftosa há 11 anos.