domingo, 15/dezembro/2024
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Nortão: faltam toras e parte de madeireiras pára atividades

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Uma situação originada há pelo três anos -quando as constantes operações realizadas por órgãos ambientais provocaram mudanças no setor de base florestal- tem provocado reflexos recentes em indústrias madeireiras. O setor reclama da falta de matéria-prima, essencial para os trabalhos e alega que em algumas empresas atividades chegaram a ser suspensas.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), a realidade não se restringe apenas a uma cidade, mas é verificada no cenário estadual. Segundo ele, a dificuldade na liberação de projetos de manejo tem gerado escassez de toras no mercado. “A oferta é menor. Alguns têm matéria-prima para trabalharem, mas outros não. Em Sinop, estima-se que pelo menos 30% estejam nesta situação”, declarou, ao Só Notícias.

Conforme o setor, a morosidade encontra-se nos órgãos competentes a avalizar os projetos, a exemplo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), que há pelo menos dois anos concentra a responsabilidade sobre as autorizações. A cobrança, explica José Eduardo, é para a celeridade nos processos. Segundo o presidente, os prazos para extraírem a madeira varia de acordo com as exigências requisitadas. “Temos projetos com seis meses até dois anos e depende muito das exigências que o órgão fará”, ponderou.

O empresário Francisco Prites, proprietário de uma empresa com cerca de 40 funcionários compartilha da mesma opinião. Segundo ele neste ano houve a necessidade de reduzir em pelo menos 20% a capacidade de operação pela falta de materiais para se trabalhar. Prites lembra que toda a cadeia produtiva é afetada.

“Estão liberando poucos planos de manejo e aqueles já autorizados tornam a madeira mais cara, reflexos gerais”, esclareceu. O empreendimento, que contava com 78 funcionários nos últimos anos viu uma diminuição entre os anos subseqüentes a 2005, quando estourou a operação curupira.

Não é de hoje que o setor tem criticado a Sema, devido a demora nas liberações, que ocorrem por meio da capital. Uma das primeiras exigências para o empresário obter o projeto é possuir a Licença Ambiental Única (LAU).

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