A Associação dos Municípios Impactados por Usinas do Norte de Mato Grosso (AMIU) protocolou documentos junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reforçando investimentos nas compensações, nos municípios atingidos pelas obras da usina São Manoel. Ela deve ser construída no rio Teles Pires, na divisa de Paranaíta com Jacareacanga (Pará), afetando econômico e socialmente cidades como Alta Floresta, Carlinda, Apiacás, entre outras.
O diretor executivo da associação, Rogério Rodrigues, explicou ao Só Notícias, terem sido cobrados investimentos em setores como saúde, educação e infraestrutura, visando a ida de pessoas para região, com intenção de trabalharem nas obras na usina. O temor é que a atual estrutura não suporte a demanda. “Provavelmente no início de novembro devemos nos reunir com a presidência do Ibama para reforçar esses pedidos pessoalmente”, afirmou.
Rogério também reforçou o pedido das condicionantes como critérios para liberação da licenças necessárias às obras. A usina deve ter capacidade para 700 megawatts e o barramento formará um reservatório com área total de 63,96 quilômetros quadrados, segundo a Empresa de Pesquisa Energética. O objetivo inicial era contratar energia para o mercado das distribuidoras em 2016, cuja capacidade gerada seria suficiente para atender população de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas. No entanto, a obra é uma das atrasadas (dois anos) na região Amazônica por conta de impasses de demarcação de áreas indígenas.
A expectativa do governo federal é que usina hidrelétrica vá a leilão no ano que vem, caso sejam concluídos a tempo hábil os estudos de viabilidade, feitos com apoio da Força Nacional. As obras seriam terminadas em 2019, ano que a hidrelétrica também seria acionada.