quarta-feira, 24/abril/2024
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New York Times vai a Feliz Natal para mostrar as maravilhas do Xingu

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O mais novo produto turístico de Mato Grosso, o “Roteiro Xingu”, que insere o turista no dia-a-dia de uma autêntica aldeia indígena, já começa a despertar interesse até do outro lado do mundo. Nesta quinta-feira, chega ao Estado, o primeiro grupo de turistas que vai inaugurar o recém-lançado roteiro. São 12 japoneses e jornalistas da imprensa internacional, entre eles do jornal The New York Times, trazidos pela Free Way, operadora internacional especializada em ecoturismo, que elaborou o produto em conjunto com as nações indígenas Waurá e Trumai.

O Roteiro Xingu é basicamente um incentivo a visitação controlada a uma aldeia construída exclusivamente para este fim em uma Reserva Particular de Proteção Natural – RPPN, vizinha ao Parque Nacional do Xingu, no Município de Feliz Natal, norte do Estado. A área foi cedida pelo fazendeiro João Vicentini, que está na borda do Parque há 25 anos. A aldeia de visitação está à margem do rio Von Den Steinen – a 110 km de Feliz Natal e a 240 km de Sinop.

Na aldeia construída o turista é recebido pelos índios das etnias Waurá e Trumai, assiste a danças e outros rituais, conhece histórias e lendas indígenas e participa do dia-a-dia da aldeia. O pacote do Roteiro Xingu custa aproximadamente R$ 4,5 mil partindo de São Paulo por via aérea, e R$ 2,8 mil por via terrestre. O dinheiro arrecadado com a visita de turistas será utilizado na compra de equipamentos para a fiscalização dos rios da região.

O Governo de Mato Grosso é pioneiro na viabilização do roteiro de etnoturismo. O produto foi adotado pelo Ministério do Turismo como modelo para o País. O Roteiro Xingu também vai ser um dos destaques apresentados por Mato Grosso no I Salão Brasileiro do Turismo, que acontece entre 1 e 5 de junho, em São Paulo.

Lançamento – O lançamento do Roteiro Xingu aconteceu no último dia 8 de março em São Paulo> A expectativa do Governo de Mato Grosso é que por volta de 300 turistas passem anualmente pela aldeia. Na ocasião do lançamento, a secretária de Estado de Desenvolvimento do Turismo, Yêda Marli de Oliveira Assis, afirmou que eventos de divulgação como esse representam a parte que cabe ao Governo do Estado no setor de turismo. “A divulgação nós estamos fazendo. Cabe agora ao trade turístico se preparar adequadamente para receber bem o volume cada vez maior de turistas que irá visitar o estado”, afirmou.

Roteiro Xingu – A visita tem duração de 5 dias e 4 noites e tem a seguinte programação:

1º dia – Jantar após rápida apresentação do local. Em seguida a palestra: “Os Índios do Alto Xingu” (Yawaritsawa T. Waurá).

2º dia – Caminhada pelas redondezas para observação da natureza local. Após o café da manhã, visita à prainha e as lagoas que circundam a região. Almoço e descanso. À tarde, saída de barco em direção à aldeia indígena Puwixa Poho. Conversa com os indígenas sobre a interessante história da tribo Waurá. Em seguida, apresentação de dança. Jantar na aldeia e logo após, Histórias e lendas do povo Xingu. Pernoite na aldeia (em redes), com possibilidade de retorno para o Hotel.

3º dia – Pela manhã, tomar banho de rio com raíz pacarí, junto com os índios. Após o café da manhã, conhecer a rotina e as atividades indígenas de pesca, produção do artesanato cerâmico, palha e preparação do sal de aguapé. Finalizadas as atividades, lanche e volta para o Hotel. Depois do almoço, tempo livre para descanso. A tarde é reservada para piscina. Jantar e pernoite.

4º dia – Após café da manhã, passeio de canoa pelo rio Von Den Steinen. O retorno será uma caminhada pela mata com guia indígena. Almoço e logo após, canoagem no córrego Uirapuru. Jantar e pernoite.

5º dia – Café da manhã. Em seguida volta para Sinop para embarque a Cuiabá e de lá até São Paulo.

Os Trumai e os Waurá

Dados do Instituto Sócioambiental – ISA, mostram que a nação Trumai tem uma população de pouco mais de 100 índios. Localiza-se na parte central do Parque do Xingu, próximo ao Posto Pavuru. Seu pequeno número de cidadãos é devido ao fato de terem participado de várias guerras intertribais no passado que quase os dizimaram. Quando os Villas Bôas chegaram ali, em 1945, havia apenas 27 deles. Considerados os donos do Javari, uma competição desportiva simbólica de atividade guerreira entre duas aldeias, que acabou se difundindo entre as outras comunidades xinguanas, os Trumais gozam hoje de grande prestígio no Parque. São agricultores e fazem comércio intenso com outros grupos.

Já a nação Waurá, segundo o ISA, chega a pouco mais de 300 indivíduos. Detentores de tecnologia mais avançada que muitos dos seus vizinhos, os Waurás são grandes ceramistas. Ao contrário dos seus vizinhos ao norte, os Kayapós, para a etnia Waurá, a guerra é vista como degradação moral. Com a paz xinguana, a maneira com que os Waurás se referem à outras tribos modificou-se. Hoje, graças à realidade do parque e suas fronteiras estáveis, que força com que as tribos vivam sem conflito e até adotem práticas similares, os waurás vêm reconhecendo todos os índios como um só grupo.

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