Mato Grosso foi o Estado que mais vendeu biodiesel no 18º leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O evento ocorreu nos dias 27, 28 e 31 de maio. Dos 600 milhões de litros do produto ofertados durante o evento, 25% foram de empresas mato-grossenses que venderam 150,1 milhões de litros de biodiesel. A ADM foi a unidade no Estado que conquistou o maior volume, totalizando 68 milhões de litros. O produto foi adquirido pela Petrobras e pela Refinaria Alberto Pasqualini (Refap).
A Fiagril foi a segunda empresa que mais vendeu, somando 21,4 milhões de litros. No entanto, o diretor-presidente da empresa, Miguel Vaz Ribeiro, explica que esse volume ficou abaixo do que estava sendo ofertado. “Pretendíamos comercializar entre 25 a 30 milhões de litros”. Ele diz que o preço médio do leilão foi responsável pela retirada das ofertas. “Está ocorrendo mais oferta do que procura”. Para ele, o governo deve aumentar o percentual de mistura do biodiesel na composição do diesel. “Isso iria reaquecer o segmento”.
O diretor da CLV, Vitor Birtche, acrescenta que a concorrência com as grandes empresas dificultou o acesso das pequenas produtoras de biodiesel. Conforme ele, o ideal seria que nos pequenos lotes somente as menores empresas tivessem acesso. A CLV comercializou 7 milhões de litros de biodiesel no leilão da ANP. Entre os participantes que se destacaram no leilão, a Cooperbio Cuiabá conseguiu comercializar 21 milhões de litros de sua produção, já a Biocamp vendeu outros 11 milhões de litros.
A Barralcool, a Biopar Parecis e a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) venderam 5 milhões de litros cada. A Araguassú comercializou 2,2 milhões de litros, enquanto que a Transportadora Caibiense vendeu 2,7 milhões de litros. O restante veio da Beira Rio (500 mil litros), Grupal (1 mil litros) e SSIL (300 mil litros), totalizando os 15,1 milhões de litros arrematados em Mato Grosso.
No total, o leilão contou com a participação de 40 unidades produtoras. O preço de referência foi de R$ 2,32 por litro e o preço médio ponderado foi de R$ 2,10/litro para os 600 milhões de litros oferecidos, representando deságio médio de 9,27%. Das 35 empresas vencedoras, a Granol foi a que ofereceu o maior volume: 76,1 milhões de litros, sendo 41,9 milhões de litros da unidade produtora de Anápolis (GO).