Que a necessidade mundial por alimentos, configurada a partir do aumento populacional dos próximos anos, dará oportunidade para muitos Estados brasileiros aumentarem a dinâmica produtiva todas as entidades produtivas não têm dúvida. No Mato Grosso não será diferente. Assim como a Aprosoja, a Federação da Agricultura e Pecuária, também discursa na mesma linha. Ainda no primeiro semestre a Famato expôs um importante panorama. Dados levantados junto às entidades internacionais apontaram que se até 2025 o número de habitantes da Terra estiver próximo a casa dos 8 bilhões seria necessário ampliar em 140 milhões de hectares a área agricultável ou aumentar em 30% a produtividade. Os custos crescentes da alimentação terão impactos diferentes nos sistemas produtivos e em regiões onde o agronegócio é praticado.
Para o Estado ampliar sua produção, pelo menos três aspectos devem influenciar diretamente: a adubação de pastagens, a integração lavoura-pecuária e também os confinamentos. Somente neste último quesito, a evolução dos confinamentos (mil cabeças) foi de 342% entre os anos de 2005 e 2008. Tratando da adubação de pastagens, a Famato apontou que no Brasil a lotação média de animais a cada hectare é de 0,8, sendo verificada produtividade anual de 30 quilos de carne.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o cenário é diferente. São em média 2,2 unidade animal por hectare, produzindo, por ano, um volume quatro vezes maior ao brasileiro: 120 quilos de carne. A integração lavoura-pecuária também pode ser importante aliada dos produtores porque aumenta a oferta de capim para o gado no período seco do ano.
Em Mato Grosso, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola e o Instituto de Defesa Agropeucária (Indea), a área de pastagem chega a 22,4 milhões, com um rebanho de 25,74 milhões de animais.
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