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Mau humor externo pressiona e dólar fecha cotado a R$2,34

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O mau humor externo pesou sobre os negócios por aqui e fez o câmbio disparar, atingindo a máxima de R$ 2,36. Uma seqüência de notícias negativas e a nova queda no preços das commodities deram respaldo ao clima de tensão. No término do dia, o dólar avançou 0,95%, para R$ 2,349 na venda.Nos Estados Unidos, em plena época de festas natalinas, os consumidores se mantiveram retraídas, fazendo com que as vendas ao varejo recuassem 2,7% entre novembro e dezembro, superando o previsto por analistas.

Segundo o Banco Fator, a piora no mercado de trabalho, a queda no preço das casas, queda na bolsa de valores e diminuição da confiança dos consumidores ressultaram na retração das vendas. “Esse dado reforça a expectativa de queda muito forte do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do último trimestre de 2008 e a necessidade de urgência por medidas no campo fiscal que contribuam para frear a piora das perspectivas econômicas”, destaca o economista-chefe do Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, acrescentando que a discussão já não gira mais em torno do tamanho do pacote que Barack Obama, mas sim sobre o potencial que o uso desses recursos tem para melhorar a economia.

“A idéia não é só ajudar os consumidores com cortes de impostos, mas incentivar investimentos e criação de empregos”, frisa. Adicionando instabilidade aos mercados, a canadense Nortel Networks entrou com pedido de proteção sob a lei de falências, enquanto que no setor bancário, o Deutsche Bank alertou sobre a possibilidade de prejuízo de US$ 6,4 bilhões no quarto trimestre e o relatório do Morgan Stanley afirmou que HSBC precisa levantar US$ 30 bilhões e cortar dividendos para ajustar o caixa.Em meio ao cenário de incertezas sobre a intensidade e duração da crise econômica mundial, o fluxo de dólares em direção ao Brasil continua negativo.

Segundo dados do Banco Central (BC), as saídas superaram as entradas em US$ 873 milhões neste começo de ano, até a última sexta-feira (9). Em 2008, a piora da crise levou o País a registrar a maior saída de dólares desde 1982 na área financeira: US$ 48,883 bilhões.Nesta quarta, a autoridade monetária voltou a interferir no câmbio e vendeu US$ 276 milhões para financiar as exportações, além de vender dólares no mercado à vista.

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