O mês seguinte à prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) registrou queda nas vendas de veículos em Mato Grosso. A retração de 28,83% já era esperada pelo setor, visto que agosto apresentou recorde de emplacamentos e seria difícil manter o patamar.
Os números regionais acompanharam os nacionais, que fecharam 31,5% abaixo dos volumes registrados em agosto. No acumulado do ano, ainda há queda em relação a 2011. Com -4,11%, foram emplacados 85.019 veículos entre janeiro e setembro deste ano, contra 88.661 no mesmo período do ano passado. O balanço é da Federação Nacional de Distribuidores de Veículos de Mato Grosso (Fenabrave-MT).
Em setembro foram emplacados 3.071 automóveis (carros de passeio) em Mato Grosso. O índice representa queda de 35,21% ante agosto. O setor de comerciais leves (caminhonetes) registrou baixa de 25,12% no comparativo, com 1.455 veículos emplacados.
O segmento de caminhões emplacou 195 unidades, contra 309 no mês anterior. A comercialização de ônibus foi de 23 unidades contra 35 em agosto. O setor de motocicletas seguiu a tendência e registrou queda de 23,44% em setembro. Foram emplacadas 3.654 motos no último mês contra 4.773 em agosto.
“Já esperávamos que o mês de setembro sofresse uma queda, devido à prorrogação do IPI. O mercado estadual acompanhou o nacional, porém o declínio se deve ao alto número de emplacamentos naquele que seria o último mês de imposto reduzido. Com a possibilidade de retomar o IPI os consumidores correram às concessionárias e anteciparam a compra”, analisa o diretor regional da Fenabrave-MT, Manoel Guedes.
A capital mato-grossense apresentou números semelhantes ao do Estado, com queda de 29,84% no índice que engloba todas as categorias. Foram comercializados 2.347 veículos em setembro contra 3.345 em agosto. Do total, 1.280 unidades são referentes a carros de passeio, 472 comerciais leves, 34 caminhões, dois ônibus e 559 motocicletas. “No acumulado do ano temos praticamente um empate técnico, com 24.279 entre janeiro e setembro de 2012, volume que no percentual significa -3,61% na relação com 2011”, pontua Guedes.