O Instituto Web Florestal Planet, com sede em Brasília, desenvolveu um sistema que pode acabar com a exploração ilegal de madeira em Mato Grosso. O software faz uso de chips instalados nas árvores para o monitoramento e rastreamento eletrônico. O projeto foi encaminhado para apreciação no Senado Federal como uma alternativa ao problema de reflorestamento.
Cem hectares de propriedade da Fundação Educacional Buriti, na região de Chapada dos Guimarães, são usados pela IWF Planet para o mapeamento do projeto piloto.
O chip permite verificar se as árvores abatidas ou enviadas à indústria madeireira fazem parte do projeto de manejo. O novo software é simples e não altera em nada o custo de projeto de manejo de Mato Grosso. Ao contrário, pode até registrar economia de 30% a 40%, como informou a equipe da IWF Planet.
Toda a tecnologia é transmitida de dentro desse chip. A árvore com chip sai protegida e proibida de ser plaqueteada. Nada muda no sistema de manejo. “Apenas vai tirar a placa e pôr o chip. Vai ter um técnico especializado com nome, RG e CPF”, acrescentou.
Os chips nas árvores possibilitam a gravação de coordenadas e informações, como nome, altura, diâmetro, volumetria, entre outros elementos necessários para o monitoramento e rastreamento. Com distribuição e controle a ser feitos pela Sema, e uma fonte única de origem. A empresa também criou um outro tipo de chip para ser implantado dentro da madeira para transportes.
O programa gera um mapa de vistoria. Por exemplo, a cada 200 árvores, uma é escolhida aleatoriamente para a vistoria. A partir do momento que o técnico da Sema sair para o trabalho, ele já sai com o mapa sabendo qual é a metragem de cada árvore (se ela está no ponto de corte) e até quantos quilômetros terá que percorrer para realizar a vistoria. Com a utilização do mapa nem mesmo é necessário que ele vistorie todas as 200 árvores, pois as informações de cada uma delas estão contidas no chip. Do local da vistoria, o técnico pode enviar o relatório diretamente para o banco de dados localizado na sede da Sema.
Para garantir a segurança e confiabilidade nos sitema, todo operador da empresa é identificado. Cada um terá uma senha (nome, RG e CPF). A cada leitura que ele faz, a informação fica na TAG (software) e no aparelho coletor. Mesmo que se destrua o equipamento, a informação, criptografada, está segura, pois já está contida no banco de dados da Sema .
O governador Blairo Maggi conheceu o sistema. “É um projeto muito interessante. O governo vai fazer investimento depois de analisar o projeto por completo para sairmos na frente no que vem sendo feito no Brasil, de fazer o monitoramento das árvores dentro da floresta”, avaliou.