A primeira indústria de lapidação de diamantes do país será instalada em Cuiabá. O projeto foi desenvolvido nos últimos dois anos e já está na fase de escolha do terreno, com cerca de 5 mil metros quadrados, que será doado pela Prefeitura Municipal, numa localidade propícia para a visitação das jóias. O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, apóia a iniciativa do empresário israelense Douglas Siger, da Mineração Novo Oriente, que está a frente do empreendimento.
“Nós damos apoio total a iniciativa de vocês, num prazo de 15 a 30 dias mostraremos algumas opções de instalação da indústria, contem conosco”, disse Santos, que é professor de história regional e falou muito sobre diamantes em suas aulas, surpreendeu-se por ainda existir grande quantidade de jazidas do produto no Estado.
A instalação da indústria de lapidação permitirá agregar valor aos produtos brasileiros, que hoje são exportados na sua versão bruta, mais baratos. Para montar as peças, os joalheiros brasileiros ainda importam as peças prontas dos países onde já existe a tecnologia, uma desvantagem para a economia nacional e para o próprio consumidor, que também paga mais caro.
No primeiro ano, a previsão é de que 150 trabalhadores sejam contratados. Em cinco anos, esse número pode chegar a 800, o que contribuirá para a geração de emprego e renda para Cuiabá. As obras de construção da fábrica têm expectativa de 10 meses para ficarem prontas, com funcionamento previsto para o ano que vem. O projeto foi aprovado com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste.