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Mato Grosso terá centro de execelência em pesquisa de biocombustíveis

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Mato Grosso terá um Centro Internacional de Excelência em Biocombustíveis (CIEB), responsável pelo desenvolvimento de pesquisas destinadas a subsidiar o setor produtivo, tanto na formação de recursos humanos para toda a cadeia produtiva do biodiesel e do etanol, como no aprimoramento da tecnologia.

Em reunião no Palácio Paiaguás nesta segunda-feira, a criação do CIEB foi discutida entre secretários de Estado, dirigentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e representantes do setor produtivo de biocombustível e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MC&T). A reunião foi conduzida pelo secretário-chefe da Casa Civil, Antônio Kato.

O Centro será implantado na UFMT, que já desenvolve estudos nessa área e é considerada referência em pesquisas de biodiesel, tendo promovido uma tecnologia revolucionária e mundialmente inédita para produção desse tipo de combustível.

O Estado domina o sistema de processamento do B-2 e B-5 (mistura de biodiesel ao óleo diesel a 2% e 5%, respectivamente) e em estágio mais avançado, também tem direcionado experimentos para o uso da mistura B-20 (mistura de biodiesel a 20%). O desenvolvimento dessas pesquisas, que pôs o Estado à frente no setor de pesquisa, foi possível graças ao desenvolvimento de estudos partilhados entre a UFMT, Universidade Estadual de Mato Grosso e apoio da Fapemat e do MC&T.

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico, do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Elias, que conheceu na UFMT o laboratório de produção de biodiesel, destacou a importância do trabalho conjunto que deve envolver o poder público e a iniciativa privada. Elias enfatizou ainda o trabalho que o Ministério irá desenvolver junto com a universidade e o Governo do Estado para fortalecimento e ampliação do programa de pesquisas de biocombustíveis.

“Mato Grosso reúne todas as condições necessárias para a operacionalização do CIEB e para a avançar e melhorar o controle de qualidade do biodiesel”, afirmou o secretário, destacando também que o trabalho na área será articulado com outros ministérios e cadeias produtivas para o aparelhamento do laboratório, de forma a ampliar a qualidade do que será produzido e vendido em Mato Grosso.

Conforme lembrou o coordenador do Centro de Pesquisas, professor Paulo Teixeira, Mato Grosso só tende a avançar nessa área, pois é um grande produtor de matérias-primas para biocombustíveis. Ele previu que até 2008 o Estado será capaz de produzir cerca de 200 milhões de litros de biodiesel.

A UFMT já conta com um laboratório de análise de combustíveis, credenciado pela Agência Nacional de Petróleo, que desenvolve pesquisas sobre a qualidade do álcool, diesel e gasolina comercializados no Estado.

O próximo passo, segundo afirmou o reitor da universidade, Paulo Speller, é desenvolver análises também com biocombustíveis. Speller reforçou também que a vocação de Mato Grosso na produção de matéria-prima para o biocombustível reforça a implantação do centro de pesquisas que atenderá as demandas do setor produtivo.

“Já temos tecnologia de ponta e reunimos todas as características para desenvolver pesquisas nesse setor que avança em nosso Estado e as parcerias são fundamentais para que o centro também avance”, afirmou o reitor, ao ressaltar a parceria a ser firmada com a Universidade Estadual de Mato Grosso para pesquisas no ‘campi’ de Barra do Bugres, município onde está sediada uma das três usinas de biodiesel em funcionamento no Estado.

Incentivo

Dentro das políticas públicas do Estado de incentivo à produção de biocombustível, a secretária de Estado de Ciência e Tecnologia, Ilma Grisoste, destacou o Programa de Biodiesel do Estado de Mato Groso (Probiomat), que desenvolve junto com as universidades, com financiamentos garantidos pela Fapemat pesquisas que possam comprovar a viabilidade econômica, social e produtiva do biodiesel.

O mercado promissor chama a atenção também pelo número de propostas encaminhadas à Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia para financiamentos junto ao Fundo Constitucional do Centro-Oeste. Segundo o secretário Alexandre Furlan, as cartas-consulta para projetos envolvendo o mercado do biocombustível crescem a cada dia, o que somente reforça o interesse de investimentos no setor e a demanda apresentada.

Mercado

Segundo dados do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, atualmente 15 dos 27 Estados brasileiros estão com projetos de investimentos em usinas de biodiesel representando uma capacidade de produção em torno de 1,8 bilhão de litros por ano. Esse mercado só tende a avançar mais, uma vez que a demanda aumentará com a obrigatoriedade de adição de 2% de biodiesel ao óleo diesel, a partir de 2008, e 5%, a partir de 2013.

Em Mato Grosso há três usinas em funcionamento, duas delas com capacidade de produzir, cada uma, 57 milhões de litros. Uma está em Barra do Bugres e a outra em Lucas do Rio Verde, em região tradicional na produção da soja, que será a principal matéria-prima para o biodiesel nacional.

Para o diretor-presidente da usina de Barra do Bugres, João Petroni, o produto de grande aceitação internacional, já largamente utilizado na União Européia e começando a expandir no Brasil, também incentiva o crescimento da agricultura familiar, uma vez que a empresa compra matéria-prima de pequenos agricultores e estimula o plantio de sementes junto aos Muncípios.

Além desses empreendimentos em prática, há outras duas usinas em fase de implantação e diversos projetos em andamento. Um deles, em Rondonópolis, pertence a multinacional ADM, cuja fábrica usará óleo de soja como matéria-prima e estará competitivamente posicionada para atender à demanda de biodiesel dos produtores rurais e dos setores ligados ao transporte rodoviário e ferroviário.

Meio ambiente

Atualmente, Mato Grosso consome 2,7 bilhões de litros de combustível por ano. Desse total, 2 bilhões são gastos somente na atividade agrícola. Com a produção de biodiesel, os produtores vão adquirir um combustível mais barato e menos poluente. O biodiesel é produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais e é apontado como uma alternativa ao óleo diesel, produto derivado do petróleo. Por ser um combustível que não polui o meio ambiente e como fonte de energia renovável, é tido como uma solução de problemas ambientais, como o efeito estufa e a poluição das grandes cidades.

O biodiesel pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo dezenas de espécies vegetais no Brasil que podem ser utilizadas, tais como mamona, dendê (palma), girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso, soja e outras.

Participaram também da reunião os secretários de Estado de Desenvolvimento Rural, Clóves Vettorato, o secretário-adjunto da Sicme, José Epaminondas, a diretora-técnica da Fapemat, Flávia Nogueira, o superintendente do Banco do Brasil, Renato Barbosa, e o do Basa, Paulo Henrique Cavalcante.

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