Ao mobilizar prefeitos para definir as cadeias produtivas que irão fomentar a economia na Baixada Cuiabana, Bacia do Alto Paraguaia e em breve na região Sul, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), aposta na parceria para revigorar a economia e gerar alternativas de renda e emprego para milhares de mato-grossenses. Com a implantação dos primeiros dois consórcios, o Estado está no rumo certo ao implementar ações para mudar o perfil sócio-econômico.
A avaliação é do engenheiro agrônomo e coordenador dos consórcios da Seder, Neurilan Fraga, que na semana passada participou da missão técnica “prefeito empreendedor” na Paraíba e no Espírito Santo, Estados pioneiros que implantaram com sucesso os consórcios. “Nós estamos no rumo certo e em relação à Paraíba levamos algumas vantagens como solo, clima e logística”, disse Neurilan.
A viagem aos dois Estados, da qual participaram os prefeitos Júlio César Ladeia (Tangará da Serra); Zeno Andrade (Rosário Oeste); Israel Antunes Marques (Denise); Meraldo Figueiredo (Acorizal); Walmir Guse (Conquista D`Oeste); Rogaciano de Oliveira Sampaio (Arenápolis); Jose Elpídio Cavalcante (Nova Olímpia); Aniceto de Campo Miranda (Barra do Bugres) e Umbelino Alves Campos (Alto Paraguai) e o do coordenador de Desenvolvimento Econômico da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Farid Tenório Santos, teve como finalidade conhecer as experiências de desenvolvimento existentes tanto na Para como no Espírito Santo.
Na Paraíba, informou Neurilan, frente à dramática situação, 31 Municípios da região mais seca do Estado – o Cariri Paraibano – também possuidor dos menores índices econômicos e os piores indicares sociais, os prefeitos resolveram, criar o “Pacto do Cariri” para promover o desenvolvimento econômico da região. “Entre os pontos positivos na Paraíba destaca-se o elevado nível de conscientização de união, solidariedade e integração tanto por quem administra os Municípios como pela população”, disse Neurilan.
Já no Espírito Santo, há dez anos, um grupo de 11 gestores públicos – cujos Municípios estão localizados dentro e no entorno do Parque Nacional do Caparão – se uniram para mudar o perfil econômico. A exemplo da Paraíba, lá existem sérios problemas provocados pelas altas taxadas de mortalidade infantil, crescimento populacional, analfabetismo e baixo Índice de Desenvolvimento Econômico (IDH).
Conforme Neurilan, a mudança do perfil econômico naquela região capixada se deu a partir da conscientização dos prefeitos e da população que se uniram aos governos federal, estadual e municipal, além de órgão como Sebrae e banco do Brasil para implementar ações para alavancar a cadeia produtiva.