Os mato-grossenses pagaram, de 1º de janeiro até o início de maio, mais de R$ 2 bilhões em impostos, conforme dados do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) nas esferas municipal, estadual e federal. Segundo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Paulo Gasparoto, o brasileiro acaba trabalhando mais para pagar os tributos. Ele cita que o governo precisa suprir o rombo, o que acaba resultado nos altos impostos. “Conforme o Impostômetro, o Estado de Mato Grosso, até 30 de abril de 2012, arrecadou R$ 2,1 bilhões. Em comparação com o ano passado, a arrecadação cresceu 12,5%. Lembro ainda que em 2011, a marca de 2,4 bilhões foi alcançada 10 dias mais cedo que este ano”, diz Paulo. Ele complementa: “o que podemos dizer é que o governo nas 3 esferas – está empobrecendo a sociedade. A arrecadação cresce ano a ano sem que tenhamos contrapartida em serviços e melhorias”.
Segundo estudo publicado no Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), sobre o Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (Irbes), o Brasil aparece em último lugar, em uma relação de 30 países, que não retribuem os valores arrecadados para a população, através de melhor qualidade de vida. Levando-se em conta que daqui a alguns dias será celebrado o Dia das Mães, o IBPT também calculou quanto em impostos os consumidores irão pagar em presentes. Em alguns produtos estão embutidos até 78,43% de tributos, caso ocorre com o perfume importado. Quem quiser presentear a mãe com um perfume nacional vai pagar 69,13% de impostos.
O brasileiro também vai pagar 44,18% de tributos na compra de óculos de sol e até a geladeira, item que leva a vantagem da redução do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) oferece impostos de 36,98%. Quem optar pelo singelo buquê de flores vai desembolsar 17,71% de tributos, embutidos no valor do presente.
No país, o volume pago de impostos nestes 5 meses ultrapassa os R$ 500 bilhões. A carga tributária brasileira é considerada uma das mais elevadas do mundo.