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Mantega descarta pacote cambial para ‘proteger’ exportações

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou hoje, a possibilidade de que o governo esteja elaborando um pacote cambial para proteger as exportações, mas reconheceu não ser possível garantir que a crise internacional não seja sentida no país.

“Não estamos totalmente imunes. Uma conseqüência desta crise é que o dólar está derretendo. Isso é um problema que precisa ser encarado porque afeta nossas exportações”, afirmou Mantega. Para ele, a crise internacional é séria, já se reflete na economia americana e pode afetar o comércio internacional.

Depois de se reunir com a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, Mantega disse que o governo já vem tomando medidas para reduzir o impacto da queda do dólar na economia brasileira.

“Não há nenhum pacote cambial em curso. É claro que o governo permanentemente se preocupa em fomentar as exportações e impedir que haja uma valorização cambial excessiva. Uma valorização é natural porque o câmbio é flutuante, porém, a todo momento, nós estamos estudando medidas para estimular a exportação e atenuar alguma valorização cambial, mas isso é permamente.”

Mantega citou algumas medidas adotadas pelo governo de proteção ao câmbio e às vendas externas, dentre elas, a que permitiu que 30% dos recursos das exportações fossem mantidos no exterior, para evitar o trânsito de recursos e baratear as transações no comércio externo.

O ministro também admitiu que é possível acabar com a cobertura cambial e lembrou que o dispositivo está previsto na lei das Zonas de Processamento de Exportação (ZPE’s), em tramitação no Congresso Nacional.

“Concordamos com o fim da cobertura cambial prevista na lei de ZPE, que está tramitando em fase final, para conduzir projetos de exportação. É possível que possamos implantar isso”, observou.
Mantega rebateu as críticas sobre o acúmulo de reservas que o Banco Central vem fazendo para enfrentar possíveis turbulências. “Uma das coisas que nos ajudou foram as reservas”, disse. O ministro reafirmou que o governo vai continuar com a política de reservas, embora admita que isso tenha custos para o país.

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