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Madeireiros de Alta Floresta preocupados com moratória do Ibama

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A informação que vem sendo veiculada desde a última sexta-feira de que o Governo Federal pretende decretar moratória na área ambiental, restringindo o corte de madeira na região por seis meses foi muito mal recebida pelo sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso – SIMENORTE. Para o presidente Augusto Passos trata-se de mais uma medida impensada e que prejudica de forma direta todos os municípios da região.

“Vai trazer uma série de demissões, uma série de problemas durante esses seis meses. Seria mais ou menos assim: eu aguento ficar sem beber água quantos dias? Cinco, seis dias? Então vou decretar uma moratoria que você vai ficar seis meses sem beber água. Quer dizer, é mesma coisa que dizer: Estou matando todo mundo, mas é o que o nosso estado está fazendo”, lamentou Augusto.

O presidente do sindicato reclama que a categoria não está ouvida pelas autoridades. Passos lembra que a democracia corre sério risco com as ações que o governo federal vem desenvolvendo no interior de Mato Grosso, sendo através de moratórias ou decretos.

A empresa de Augusto é uma das que tem se preocupado com a legalidade de suas ações, sejam ambientais, fiscais ou trabalhistas. “O mais próximo possível, desejado, pra não ter problemas com fiscalizações e poder ter uma empresa aberta e ser vistoriada a qualquer momento, e infelizmente isso não tem valor”, considera.

A decisão de decretar a moratória incorre, segundo Augusto, no sério erro de forçar a prática da ilegalidade por empresas que teimem em manter suas portas abertas sem contar com algum plano de manejo. Quem derruba e queima na ilegalidade deverá seguir com a prática, já que o governo não criou mecanismos para coibir essas ações. A intenção do governo, na opiniao do presidente do Sindicato é de desestabilizar o segmento organizado.

Com a moratória decretada, estima-se que cerca de 90% das empresas fechariam suas portas. Como consequência, uma onda de demissões pode ocorrer nos próximos meses.

“Não temos como ter sustentabilidade no setor com uma moratória de seis meses”, reconhece Passos.

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