Mato Grosso possui potencial para abastecer os principais mercados do mundo por décadas com rochas calcárias e fosfatadas, utilizadas como insumos agrícolas, além de alguns metais básicos, como cobre, ouro, zinco, níquel e granitos. A tese é sustentada pelo presidente da Companhia de Mineração do Estado (Metamat), João Justino Paes de Barros, ao revelar que o governo Blairo Maggi colocou em prática um novo estilo de fomento à atividade mineral em Mato Grosso. Contudo, para chegar-se às jazidas, demanda pesquisa geológica e investimentos corporativos.
“Não é o governo que deve realizar os serviços de mineração e, sim, propiciar as informações técnicas necessárias para que as empresas se instalem no local”, argumenta ele, lamentando que, no passado, alguns governos estiveram na ‘contramão da história’. Ele observa que o governo Maggi executa a política locacional: a indústria deve ser montada onde existe potencial mineral, como está ocorrendo em Nova Lacerda (Oeste), em que a exploração do potencial aurífero está gerando emprego e renda para trabalhadores da própria região.
Um dos trabalhos da Metamat, hoje, é assegurar que seja compatibilizada a aptidão do meio físico à preservação ambiental e ao desenvolvimento econômico, visando à melhoria da qualidade de vida da população, como forma de munir o Estado de informações sobre as localizações de rochas calcárias e fosfatadas utilizadas, como insumos agrícolas.
João Justino Paes de Barros explica que a Metamat fomenta, ainda, empresas privadas a pesquisar depósitos de metais básicos, com ênfase para cobre, ouro, zinco, níquel e granitos.
Na questão administrativa, o presidente assegura que a Metamat caminha para o equilíbrio. Ele recorda que quando assumiu a Companhia de Mineração, em 2003, o órgão estava em vias de ser extinta por causa pendência trabalhista ‘estratosférica’ e do descumprimento da atividade fim da empresa, que é o fomento à atividade.
No governo anterior, a Metamat incorporou como ‘herança’ o passivo trabalhista da extinta Companhia de Desenvolvimento do Estado (Codemat), superando R$ 15 milhões. Com austeridade e um raro talento de negociação, em três anos, a atual diretoria já quitou R$ 10 milhões das dívidas, praticamente saneando a empresa, livrando-a do risco de ser liquidada.