A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,55% em janeiro deste ano, taxa inferior a dezembro de 2013, que alcançou 0,92%. O índice também foi inferior a janeiro do ano passado, que chegou a 0,86%.
O dado foi divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, a inflação acumula taxa de 5,59%, portanto dentro da meta do governo federal, que varia de 2,5% a 6,5%.
A queda em janeiro foi provocada principalmente pela deflação (queda de preços) do grupo de despesas transportes (-0,03%). Em dezembro, esse grupo havia tido inflação de 1,85%. Entre os itens que contribuíram para a queda de preços dos transportes estão as passagens aéreas, com deflação de 15,88% em janeiro, depois de uma alta de 20,13% em dezembro de 2013. O grupo de despesas vestuário também teve queda de preços (-0,15%).
Os alimentos também tiveram uma contribuição para a redução da taxa do IPCA em janeiro, já tiveram uma inflação de 0,84% em janeiro, inferior à observada em dezembro (0,89%). Alguns alimentos tiveram, inclusive, queda de preços em janeiro, como o tomate (-10,43%), o feijão-mulatinho (-6,1%), o leite longa vida (-5,61%) e o feijão-preto (-1,08%).
Neste mês, para o cálculo do IPCA foram incluídas duas novas localidades: a região metropolitana de Vitória (ES) e a cidade de Campo Grande (MS). Elas se juntam às outras 11 localidades cuja variação de preços já eram monitoradas pelo IBGE.
O IPCA , medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), disponibiliza a variação dos preços no comércio para o público final. Além de Vitória e Campo Grande, o indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
É utilizado pelo Banco Central como medidor oficial da inflação do país. O governo usa o IPCA como referência para verificar se a meta estabelecida para a inflação está sendo cumprida.
O período de coleta do IPCA vai do dia 1º ao dia 30 ou 31, dependendo do mês. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista.
São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.