sexta-feira, 29/março/2024
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Governo não sinaliza com queda nas taxas de juros

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O Comitê de Política Monetária (Copom) apontou na ata da última reunião prognósticos favoráveis para a inflação, mas reiterou que a manutenção da Selic “por período suficientemente longo” é adequada para controlar a alta dos preços.

Para alguns analistas, a ata indica claramente que não haverá corte da Selic antes de setembro, mas outros entenderam que o otimismo do BC deixa espaço para uma redução já em agosto.

O Copom avaliou que já se configura um cenário mais “benigno” para a inflação e citou que as medidas do núcleo do IPCA “começam a se aproximar de patamares compatíveis com a trajetória de metas”.

Segundo a ata, divulgada nesta quinta-feira, o ritmo do crescimento está mais condizente com as condições da oferta e houve ainda uma melhora do cenário externo, embora os preços do petróleo continuem altos.

A expressão “manutenção da taxa de juros básica por um período suficientemente longo”, contudo, foi repetida pelo Banco Central.

O Copom manteve a taxa de juros na semana passada pelo segundo mês consecutivo após ter elevado a Selic em 3,75 pontos percentuais desde setembro, para 19,75 por cento.

Analistas do mercado eram unânimes em apostar na estabilidade dos juros neste mês, mas se dividiam em relação a quando deveria vir o primeiro corte do ano –se em agosto ou setembro.

“Esse ata… deixa bem claro que (o Copom) deve manter juros por mais um tempo, não retirou essa alusão a um ‘período suficientemente longo de tempo'”, disse o economista Homero Guizzo, da MCM Consultores, que prevê redução da Selic em setembro.

Na ata, o BC destacou ainda preocupações continuadas com a o alto uso da capacidade instalada das empresas, e afirmou que a trajetória da inflação dependerá da ampliação da oferta de bens e serviços.

“Não descartamos corte em agosto, mas aumentamos a probabilidade de o corte da Selic ocorrer em setembro. A ata foi otimisma, positiva, mas o BC continua mostrando cautela e chamou novamente a atenção para o ritmo da atividade”, afirmou o economista Adauto Lima, do WestLB Brasil.

Cai estimativa para preços administrados

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula no ano alta de 3,16 por cento, ante alvo de 5,1 por cento perseguido pelo BC.

Na ata, o BC destacou que as projeções de inflação para os 12 meses encerrados em março, junho e setembro de 2006 estão abaixo da trajetória prevista para que a inflação recue do patamar de 5,1% em 2005 e atinja a meta de 4,5% do próximo ano.

“Trata-se de horizontes cujos resultados serão mais sensíveis às decisões correntes de política monetária do que os do ano calendário de 2005”, acrescentou o documento.

O Copom reduziu a projeção para a alta dos preços administrados neste ano de 7,3 para 7%.

A mudança refletiu a queda dos prognósticos para o reajuste da telefonia – de 8,6 para 6,5% – e da energia residencial – de 10,8 para 8,2%.

O comitê manteve a previsão de que a gasolina e o gás de botijão não sofrerão reajuste no ano.

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