sábado, 20/abril/2024
PUBLICIDADE

Gerente do Ibama de Sinop diz que protesto foi feito no local errado

PUBLICIDADE

Apesar do grande tumulto que os trabalhadores madeireiros de Sinop causaram em frente a unidade Regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) de Sinop, o gerente Regional do órgão, José Geraldo de Araújo, afirma que o instituto é solidário ao protesto, uma vez que os manifestantes cobravam nada mais além dos seus direitos.

“Nós somos solidários sim. Os trabalhadores estão mais do que com a razão. Eles estavam apenas cobrando um direito deles, o emprego. Mas a cobrança estava sendo feita no local errado, haja visto que o responsável pelo desemprego não é o Ibama e sim o modelo econômico da região, que é concentrador de renda e extrativista por excelência”, afirmou, ao Só Notícias.

Clique aqui e veja as fotos da manifestação

Araújo justifica a falta de empregos com a falta de matéria-prima nos pátios das madeireiras. Ele explica que “não adianta o Ibama liberar os planos de manejo sendo que não tem como as madeireiras fazerem uma extração florestal sustentável, já que quase não existem mais florestas na região. O que existia de árvores para 100 anos de produção foi destruído em bem menos espaço de tempo e de forma ilegal”.

“O que antes era tirado para se trabalhar era tirado ilegalmente e não de planos de manejo. Nós estamos vistoriando os processos e liberando na medida do possível. Algumas empresas estão com alguns documentos faltando, que já estão sendo providenciados, mas ainda assim, se os planos forem liberados, não haverá madeira suficiente para suprir as necessidades das empresas”, acrescenta, preocupado.

No início do ano, foram liberados 6 planos de manejo. Desde a Operação Curupira – em Junho- foram 5 e, conforme previsão do gerente do Ibama, até o fim do próximo mês, deverão ser liberados mais 2 ou 3 por semana.

“O que está acontecendo não é uma morosidade do Ibama, mas a conseqüência da ilegalidade no extrativismo da madeira é que está vindo a tona. Ou seja, a prática extrativista dos últimos 20 anos acabou enriquecendo poucos, privatizando capital e agora que a ilegalidade foi descoberta, e está sendo impedida, o ônus está caindo sobre o lado mais fraco, que são os trabalhadores”, acrescenta.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Prorrogado prazo para entrega de relatório de empresas em MT que recebem incentivos fiscais

A secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso...

Sorriso registra mais de mil novas empresas em 3 meses

Sorriso ganhou 1.080 novas empresas, entre janeiro e março,...

Secretaria e IMAC apresentam na Norte Show programas de incentivos oferecidos pelo Estado

A secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato...
PUBLICIDADE