Apesar dos seguidos recordes na cotação do petróleo, cujo barril beirou US$ 120 em Nova York nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a estimativa de aumento zero para a gasolina e o gás de bujão em 2008. A informação está na ata da mais recente reunião do Copom, ocorrida em 15 e 16 de abril e que elevou o juro básico da economia em 0,5 ponto, para 11,75% ao ano.
“A despeito da considerável incerteza inerente às previsões sobre a trajetória dos preços do petróleo, o cenário central de trabalho adotado pelo Copom prevê preços domésticos da gasolina inalterados em 2008, ainda que a probabilidade de se configurar um cenário alternativo venha aumentando”, diz o documento.
Assim como nas reuniões anteriores, o Banco Central (BC) reconhece que o preço do petróleo no mercado internacional “continua altamente volátil” e subiu “consideravelmente” entre março e abril.
Novamente, o BC atribui a disparada a uma conjunção de fatores, como “mudanças estruturais no mercado energético mundial”, tensões geopolíticas, migração de investidores para aplicações nos mercados de commodities, e lembra que o aumento das cotações atinge a economia nacional não só via gasolina, mas também por outros produtos, como os da cadeia petroquímica.