A greve dos trabalhadores das empresas que envasam o Gás LP (Liquefeito de Petróleo) pode gerar um aumento do preço do botijão de gás, segundo informa o Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo).
O InfoMoney buscou revendedores e descobriu que alguns estabelecimentos já estão vendendo o produto mais caro. Em São José dos Campos, por exemplo, alguns revendedores informaram que o valor do produto subiu de R$ 34 para R$ 45, nos últimos dias. A alta está relacionada ao fato de que revendedoras estão precisando direcionar carregamentos de outros estados para abastecer o mercado paulista, o que pode causar um aumento do custo de logística.
O Sindigás divulgou que o fornecimento segue cada vez mais comprometido, pois os sindicatos dos trabalhadores de minério de Paulínia e o dos rodoviários de Campinas e região descumpriram liminares que determinavam percentuais mínimos de produção e de contingente de profissionais em serviço para garantir o abastecimento da população. A redução do nível de disponibilidade do produto nas revendedoras se encontra inferior a 10% do considerado normal. A greve também afeta hospitais, clínicas e escolas, que estão com o suprimento abaixo do patamar de segurança.
O sindicato recomenda que os consumidores que possuem gás em casa não recorram aos revendedores para comprar mais, pois acredita que a situação será resolvida o mais rápido possível, a fim de que o atendimento à população não seja mais comprometido.
Fim da greve
Entrando na segunda semana de paralisação, o sindicato acredita que a greve pode terminar nesta terça-feira (13). Às 17 horas, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região, em São Paulo, irá julgar o conflito dos colaboradores da Região Metropolitana e da Baixada Santista.
O Sindigás espera que a Justiça julgue o dissídio com rapidez, pois a recusa dos sindicatos paulistas da categoria em aceitar o acordo pactuado com os demais trabalhadores do País não tem justificativas razoáveis.