O coordenador de fitossanidade da Fundação Rio Verde, Mauro Natalino da Costa, disse que o foco da ferrugem asiática detectado no município nesta safra, foi detectado em um pequeno canteiro de 4 x 4m, denominado sentinela.
Esse projeto foi implantado por uma empresa multinacional que comercializa defensivos agrícolas e também atua na área de pesquisas. “Através dessa pequena área plantada, a empresa detecta se há ou não esporos do fungo da ferrugem ou de outras doenças da soja. É um trabalho mais preventivo, que permite um controle maior sobre a doença”, explicou. A área experimental onde foi detectado o foco já foi eliminada.
A unidade de alerta, foi plantada na segunda quinzena de agosto e está em estádio R 5.3 (enchimento de grãos). Segundo Mauro, as condições climáticas da região estão começando a favorecer o desenvolvimento da doença, por isso, produtores e técnicos devem intensificar o monitoramento das lavouras.
“Com o decorrer do tempo de plantio e as condições climáticas, vamos ter ferrugem em todos os municípios produtores, porque a doença já se tornou endêmica. O que é necessário é o produtor se preparar, monitorar melhor sua propriedade, avaliar como será feito o controle, para ter o menor índice possível de perdas”, afirmou.
Segundo ele, na floração, a planta fica mais suscetível ao ataque da ferrugem. Ele acredita que a contenção de custos dos sojicultores, não deve ocorrer nas aplicações de fungicidas. “Acho que eles vão procurar conter custos de outras formas. É importante monitorar, para aplicar o veneno na hora certa”, afirma.
O primeiro foco registrado este ano, e confirmado pela Fundação Mato Grosso de Pesquisas, foi na região Sul de Mato Grosso. Na safra passada, laboratórios que detectam ferrugem confirmaram mais de 250 focos na região de Sinop.
Em outras cidades do Estado a situação é ainda mais grave. Sapezal bateu recorde com 528 focos encontrados. Sorriso teve mais de 250, Lucas do Rio Verde teve mais de 50 e Nova Mutum cerca de 190.