A compra do primeiro imóvel está cada vez mais facilitada. Taxas de juros reduzida, prazo para pagamento ampliado, melhora na renda da população entre outros fatores estão estimulando as pessoas a adquirir a tão sonhada casa própria. Para se ter uma idéia da dimensão do poder de compra dos trabalhadores, nos últimos 12 meses foram registrados recordes nos financiamentos para esta finalidade. Somente de janeiro a agosto deste ano, por exemplo, foram emprestados R$ 117,206 milhões para a compra ou reforma de imóveis em Mato Grosso. Os recursos são do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e representam um incremento de 107,3% sobre o mesmo período do ano passado, quando foram emprestados R$ 56,524 milhões. Os números são do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) do Banco Central do Brasil.
Independente de quais sejam os meios, por financiamentos, poupança, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ou consórcios, o fato é que mais pessoas estão tendo acesso à compra do primeiro imóvel e aproveitando as oportunidades dadas pelo mercado. Prova do aquecimento, conforme entidades do setor é o encarecimento de alguns produtos da cesta básica da construção, como cimento (que chegou a faltar nos estabelecimentos), cerâmicas, entre outros;
E quem não perdeu a chance e garantiu logo um empreendimento foi o casal de namorados Kétsia Freire e Jefferson Tavares. Juntos há três anos e meio, decidiram este ano comprar um apartamento que será entregue 2010. Segundo ela, que é estudante e tem 23 anos, o que mais atraiu para o investimento foi a forma de pagamento e o imóvel propriamente dito. “Já começamos a pagar e no ano que vem pretendemos ficar noivos e posteriormente nos casar. Planejamos um casamento sem ter que pagar aluguel e optamos por fazer o investimento agora e garantir uma moradia”.
Kétsia acrescenta que além da forma de pagamento, que pode ser dividida em vários anos e com taxas de juros razoáveis, o casal escolheu apartamento por oferecer infra-estrutura de lazer e principalmente, segurança. “Além disso um imóvel é um investimento e não se perde aplicando nele”. Não com a mesma história de Kétsia e Jefferson, o casal de funcionários públicos Elda Fonseca e Wanderson Santos já tem uma casa própria, mas queria algo novo.
Ela conta que o apartamento será entregue em dezembro do ano que vem e que quando foi comprado (na planta) o valor estava mais em conta e as condições de parcelamento também. “Mas acho que agora com a crise internacional, as taxas de juros e o prazo para quitar o financiamento podem ser ajustadas”, diz ao considerar que a opção de compra na planta é a melhor para quem deseja comprar um imóvel, pois se deixar para comprar em um período mais próximo à entrega do empreendimento, o valor aumenta. Segundo Elda, outra satisfação é ser o primeiro dono do imóvel e ter detalhes da obra de acordo com o gosto do casal.