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Vendas de veículos novos em Mato Grosso caem 45% e federação aponta impacto da pandemia

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Redação Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O levantamento feito pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) apontou queda de 45,28% no comércio de veículos novos em Mato Grosso. Além disso, o mês passado foi considerado perdido por conta do fechamento das lojas diante da pandemia do novo coronavírus.  De acordo com a assessoria  da Fenabrave, com as lojas fechadas, os negócios foram reduzidos e os números ainda parecem incertos, já que o órgão de registro de placas, o Detran, trabalhou de forma precária por conta da quarentena.

No mês passado foram emplacados 5.173 veículos. Já em abril de 2019 foram emplacados 9.453 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, implementos rodoviários e outros. Comparando o mesmo período com o do ano passado, a redução é alarmante para o setor. Ocorreu queda relevante nas vendas em todos os segmentos. No segmento de automóveis e comerciais leves a queda é de 40,75%. Para caminhões e ônibus, a baixa é de 52,39%. Para motos, o percentual de redução é de 50%. O segmento de implementos rodoviários caiu 34,43%.

A Fenabrave destacou ainda que o impacto do coronavírus no setor automotivo vai muito além de queda das vendas. A redução das importações e a redução de produção de uma maior variedade de modelos também preocupam. O estoque de peças e acessórios é posto em risco. Isso sem falar na necessidade de manter o atendimento no pós-vendas, umas das estratégias que o mercado tem para fazer o movimento girar nas concessionárias e que atualmente funciona muito mais que um complemento à comercialização de veículo.

O diretor da Fenabrave Regional Mato Grosso, Paulo Boscolo, afirmou que os as concessionárias tem estoque limitado. “Estamos com uma semana e meia de reabertura das lojas em Cuiabá, um de nossos maiores pontos de vendas, e o momento é de avaliar estoques e alternativas não para recuperar vendas, mas para manter as lojas em funcionamento”, disse o diretor. “Muito difícil falar sobre como será a retomada. A situação das concessionárias é bastante crítica. É avaliar os estoques que normalmente duram no máximo 60 dias”, complementou.

Ainda segundo Boscolo, esse mês será decisivo para reavaliar as projeções do ano e para o empresário já ter ideia de todos os reajustes que terá de fazer para manter a operação das lojas com o menor custo possível. “Nesse primeiro momento, as concessionárias priorizaram a folha de pagamento e contratos com fornecedores, cortando tudo que deixa de ser essencial na operação. Ações governamentais são poucas e de mínimos impactos. Junto às montadoras, cada uma com sua política, o setor teve alongamento de prazos para pagamento do estoque, por exemplo, o que não nos parece suficiente”, explicou.

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