A Câmara de Política Agrícola e Crédito Rural (CPACR), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder), aprovou hoje 118 cartas-consultas cujos projetos contratados totalizam R$ 80,5 milhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) Rural.
Em reunião ocorrida na Seder, os membros da câmara, que conta com representantes de 31 instituições, sendo que 18 têm direito a voto, deram parecer favorável a financiamentos para abertura de área de lavoura, armazenagem, bovinocultura (carne e leite), conservação de solo e plantio de cana, entre outros projetos considerados prioritários.
Até o momento, Mato Grosso lidera o número de projetos e valores de recursos do FCO ‘Rural’ e ‘Empresarial’ destinados a médio, pequeno e mini produtores da Região.
De acordo com relatório elaborado pelo coordenador do FCO Rural em Mato Grosso e assessor especial da Seder, Dimas Gomes Neto, no acumulado de janeiro a março, o Estado contratou operações bancárias no valor de R$ 32,7 milhões ante R$ 8 milhões em Mato Grosso do Sul, R$ 30,7 milhões Goiás e apenas R$ 3 milhões no Distrito Federal para projetos que contemplaram os mini produtores.
No mesmo período, as contratações por porte do FCO Rural totalizaram R$ 26,3 milhões para mini produtores; R$ 10 milhões para médio; R$ 4,3 milhões para pequenos produtores, e apenas R$ 10 milhões para grandes produtores. “É a primeira vez que isso acontece em Mato Grosso”, informou o coordenador do FCO no Estado, Dimas Gomes Neto.
Conforme o balanço, Mato Grosso inverteu no período as aplicações antes direcionadas aos grandes produtores, destinando mais recursos aos produtores que não dispõem de outras linhas de crédito para financiamento.
“O secretário Otaviano Pivetta (Desenvolvimento Rural) quer priorizar os recursos do FCO ao mini e pequeno produtor, quer também agregar valor à aplicação dos investimentos pensando em projetos de desenvolvimento”, disse Gomes Neto.
Por determinação de Pivetta, FCO Rural têm que contemplar este ano os mini e pequenos produtores de Mato Grosso. Para tanto, é necessário que os projetos sejam bem elaborados a fim de viabilizar a liberação do valor pleiteado para atender a demanda.
Em 2004, informou o coordenador do FCO, Dimas Gomes Neto, foram analisadas pela Câmara de Política Agrícola 1.025 cartas-consultas. Dessas, 954 foram aprovadas, 40 devolvidas e 31 reprovadas, totalizando a liberação de R$ 751,1 milhões para projetos armazenagem, conservação de solo e reforma de pastagens, entre outros.