A exemplo de outras regiões do Estado, as transportadoras de grãos de Sinop estão com dificuldade em atender a grande quantidade de soja, milho e algodão, que estão sendo escoados para outros Estado e para os portos. Segundo Nilza Assunção, proprietária de uma transportadora que tem mais de 100 caminhões, a falta de veículos é comum na época de safra, mas neste ano está bem pior. “Nunca faltou tanto veículo. Não sabemos mais o que fazer”, disse.
Alberto Paulo Kunze, proprietário de uma outra central de frete, concorda. “Há quase um mês que esta falta de caminhões está ocorrendo e vem se agravando cada vez mais”, disse. No entando, ele ressalta que o produto que está com mais dificuldade de escoamento é a madeira. “Os grãos ainda não estão com tanta falta, mas o transporte de madeira está totalmente deficiente há quase um mês”, explicou.
Betão aponta a safra no Nordeste como uma das causas para a falta de veículos para atender a demanda da região. “Muitos caminhoneiros ainda estão lá, mas acredito que a situação deve se amenizar a partir de agora”, analisou. Além do aquecimento da demanda por transportes, outro fator que afeta o setor é o número expressivo de pequenas transportadoras endividadas. Há muitos caminhões parados porque as empresas não têm recursos para quitar suas dívidas e não podem bancar os custos do transporte, diante dos baixos preços do frete.