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Exportações ultrapassam US$ 408 milhões em Mato Grosso

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De maneira surpreendente, o mês de abril entrou para a história das exportações estaduais. O volume de vendas de US$ 408,25 milhões é o maior contabilizado até hoje. Comparando as cifras com o mesmo período de 2004, há um incremento de 31,65%. Mais uma vez o complexo soja foi o grande responsável por esta arrancada. A quantidade de grãos de soja exportados foi 47% maior no período.

No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, as exportações somam US$ 1,10 milhão, contra US$ 838,99 milhões do mesmo período do ano passado. Com a redução das importações em 20,32%, o saldo da balança comercial atinge US$ 1,02 milhão, cifras 39,10% acima do acumulado de janeiro a abril de 2004.

Segundo o secretário de Indústria, Comércio, Mineração e Energia, Alexandre Furlan, a necessidade de cumprimento de contratos e de fazer dinheiro para saldar compromissos fez com que os sojicultores escoassem de uma vez boa parte da produção. “Mesmo com uma defasagem de US$ 0,05 por quilo do grão, em comparação ao ano passado, aumentamos o volume de vendas (toneladas) de maneira extremamente significativa”, justifica.

No mesmo período do ano passado o preço médio do quilo do grão era de US$ 0,28 e neste ano, caiu para US$ 0,23. “Somente com esta diferença e com a cotação do dólar em média de R$ 2,50, estamos perdendo cerca de 48% em volume de dinheiro. Ou seja, poderíamos estar contabilizando um volume 48% maior do que este registrado até o momento”, explica Furlan.

Seguindo o raciocínio do secretário, somente com a desvalorização cambial sobre a soja, o Estado está perdendo US$ 400 milhões. “Se as cotações do ano passado estivessem se repetindo, teríamos um volume acima de vendas próximo de US$ 1,4 bilhão”, avalia.

Ainda, sobre o impacto das exportações do complexo soja (grãos, óleo e farelo), Furlan destaca que mesmo com o crescimento das vendas de madeira, couro e algodão, que juntos somam US$ 35 milhões, o maior volume veio da soja, com US$ 165 milhões em vendas externas. “O que, somados, avolumam os US$ 408,25 milhões do mês de abril”.

Para o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Gavur Kirst, o mês de abril nunca foi de pico de vendas, “aliás, tradicionalmente isso acontece entre agosto, setembro e outubro”, destaca.

Mesmo com a recuperação do fôlego no mercado internacional, Furlan explica que ainda não é possível traçar o destino das exportações mato-grossenses ao longo de 2005. “Vínhamos registrando crescimento de 21%, 9% e 11% nos três primeiros de 2005. Mesmo com a arrancada em abril, ainda é necessário aguardar o comportamento de pelo menos do saldo de vendas de maio e junho”.

Furlan explica ainda que desde que o cenário atual da agricultura se mostrou desfavorável, as projeções para a balança comercial foram refeitas. “Vamos continuar crescendo sim, mas neste ano não vamos registar o mesmo ritmo de anos anteriores, na casa de 35% a 40%”. Para este ano, aposta-se em percentuais entre 15% e 20%.

Mesmo com números que pouco impactam no saldo total das exportações, Furlan destaca a participação das micro e pequenas empresas no mercado internacional. “Vendemos colchões, produtos de limpeza e água mineral. A diversificação da pauta está acontecendo, estamos vendendo produtos acabados”, observa.

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