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Empresa chinesa que faz estudos de ferrovia em MT questiona demanda

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A comitiva da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) se reuniu, hoje, com representantes da China Railway Eryuan Engineering Group Corporation Ltda (CREEC), em Pequim, empresa responsável pelo estudo de viabilidade da Ferrovia Transoceânica.  Ela terá ao todo 4,2 mil km de extensão, ligando o Brasil ao Peru. Em Mato Grosso, serão 1,4mil km com duas cidades foco, Lucas do Rio Verde e Água Boa.

Desta vez, os chineses é que fizeram os questionamentos. O interesse é em saber se há demanda de produtos agrícolas para a ferrovia. O diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, fez uma apresentação sobre os portos do Arco Norte e mostrou a necessidade dos investimentos em infraestrutura, segundo assessoria.

O presidente da Aprosoja, Ricardo Tomczyk, explicou que só Mato Grosso tem capacidade de aumentar sua produção para 150 milhões de toneladas, e os portos do Arco Norte podem receber 70 milhões de toneladas. "Uma ferrovia seria muito importante para ajudar no escoamento da produção agrícola", afirma.

Entre as perguntas, os chineses quiseram saber sobre o tamanho dos navios que navegam no rio Amazonas e o preço de transbordo de cargas no país. O cronograma para a ferrovia é a entrega do estudo de viabilidade em maio de 2016 e, se aprovado, início da obra em 2018 e conclusão sete anos depois.

Tomczyk lembrou aos diretores chineses os entraves na liberação de licenças ambientais para a obra. Segundo os diretores, o laudo da empresa leva as licenças em consideração e o plano é evitar os pontos sensíveis. Caso não seja possível, farão a compensação ambiental. "Nossa sugestão é que o governo chinês e a empresa deixem claro ao governo brasileiro a necessidade de agilidade neste ponto. Nenhum desafio de engenharia é maior que a emissão destas licenças", afirmou o presidente da Aprosoja.

A vice-presidente do Departamento de Negócios Internacionais da empresa, Jessica Jiang, acredita que este será um projeto multi benefício. "A ferrovia vai resolver parte da demanda por produtos agrícolas da Ásia e o escoamento dos produtos do Brasil".

Atualmente, são 120 pessoas que trabalham no projeto na China. Há um escritório em Brasília que, por enquanto, tem cinco funcionários chineses. Quando as obras começarem efetivamente, o número de colaboradores deve aumentar no Brasil. O investimento na ferrovia não foi divulgado pela empresa, mas os diretores informaram que esperam que o retorno financeiro ocorra em dez anos.

Solidariedad – À tarde, o presidente Ricardo Tomczyk, o vice-presidente Endrigo Dalcin e o consultor Ricardo Arioli se reuniram com representantes da Ong Solidariedad, que está atuando junto aos produtores de soja locais. A organização holandesa está em diversos países do mundo e, na China, está aliada à associação de soja local para incrementar a produção. Estão atuando também junto às tradings.

Os diretores da Aprosoja explicaram como é a produção de soja em Mato Grosso e apresentaram o programa Soja Plus. Os representantes da Solidariedad ficaram impressionados com o programa de gestão e disseram que é este o foco da plataforma de sustentabilidade que querem implantar junto aos agricultores chineses.

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