O nível de emprego industrial recuou 0,2% em março na comparação com fevereiro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em fevereiro, a pesquisa havia registrado recuo de 0,1%. Em compensação, a folha de pagamento do trabalhador da indústria cresceu 1,4%, o quarto resultado consecutivo de expansão.
Na comparação com março do ano passado, houve aumento de 2,2% no nível de emprego industrial. Essa é a 13ª taxa positiva nesta base de comparação. Das 14 áreas pesquisadas, 11 apresentaram crescimento no total de empregos em relação a março de 2004, com destaque para São Paulo (2,2%), Minas Gerais (4,9%) e região Norte e Centro-Oeste (6%). Alimentos e bebidas (13,3%) e meios de transporte (14%) foram os destaques da indústria paulista. Em Minas, produtos de metal (28,6%) e meios de transporte (11,6%) alavancaram a oferta de postos de trabalho.
O maior impacto negativo veio do Rio Grande do Sul (-4,4%) em conseqüência da queda expressiva em calçados e artigos de couro (-18,3%).
O número de horas pagas aos trabalhadores caiu 1% em março em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2004 houve aumento de 1,5%. Nesta base de comparação, o desempenho foi disseminado em 10 das 14 regiões e 10 dos 18 setores pesquisados.
Os setores que mais contribuíram para a expansão na comparação com março do ano passado foram alimentos e bebidas (5,1%), meios de transporte (10,5%) e máquinas e equipamentos (3,1%). As principais quedas se concentraram em calçados e couro (-10,1%), vestuário (-2,1%) e papel e gráfica (-1,7%).
As horas pagas funcionam como um indicador antecedente sobre novas contratações. Isso porque quando o empresário se vê obrigado a pagar muitas horas extras, há um aumento na probabilidade de que o aumento na produção se transforme também em expansão da mão-de-obra.
A folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, na série livre de influências sazonais, avançou 1,4% em março na comparação com fevereiro. Em relação a março de 2004, houve aumento de 4,5% na folha de pagamento.
Em março, a indústria cresceu 1,5% em relação a fevereiro, após dois meses de queda. Os segmentos com resultados positivos foram os de bens de capital (máquinas e equipamentos) com 5,4% de expansão e bens intermediários (insumos) com 0,1%.