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Economista em Mato Grosso diz que agronegócio ‘carrega país’ nas costas e destaca desempenho na exportação

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O Brasil fechou o primeiro quadrimestre de 2018 com um total de U$ 74,5 bilhões em exportação, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Deste valor, 62% correspondem a produtos não industriais e de baixa tecnologia. O que abrange, quase que na totalidade, a produção primária e seus derivados. A agricultura e pecuária, em estado bruto, correspondem a 17% do valor exportado no período. Na sequência, aparecem os produtos alimentícios, com 15% da cota de exportação. Só depois aparecem o petróleo (9,6%) e os minerais metálicos (9,4%).

Mas na prática, o que isso representa para a economia do Brasil? E para a de Mato Grosso? Só Notícias conversou com o economista e professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Lindomar Pegorini, com uma pergunta bem objetiva: com esses números, é possível afirmar que a agricultura “carrega o Brasil nas costas”, como gostam de afirmar os produtores?

A resposta, de forma geral, foi sim, mas com ressalvas. “A agricultura carrega o país nas costas na questão da exportação. Aí você entra numa outra seara: o que o Brasil tem para exportar? O Brasil só tem para exportar o setor primário. É por isso que o setor primário carrega o Brasil nas costas, porque é o que a gente sabe fazer, é o que a gente consegue fazer de melhor”, explicou.

A economia brasileira, esclarece o professor, é dividida e classificada em três setores. Pelo primário – composto por produtos da agricultura e extrativistas, que são vendidos sem serem industrializados, como as comoditties, por exemplo – que abrange até 10% da economia nacional; pelo secundário, – composto por produtos industrializados – com até 20% da participação econômica; e pelo setor terciário – aquele do comércio e prestação de serviços – com até 70% da participação na economia.

Apesar de o setor primário ter baixa representatividade no modelo de divisão econômica, na prática, segundo Pegorini, a situação é diferente porque grande parte do que é gerado em serviços e comércio (do setor terciário) é originado pela produção do agronegócio, como ele exemplifica:

“Entra na conta do setor primário a soja que é colhida vezes o preço da soja. E o transporte da soja? Entra em serviço. E o beneficiamento da soja? Entra em serviço. E a consultoria do agrônomo? Entra em serviço. A compra do trator também entra em comércio e serviços. Da forma como é contabilizado, a agricultura tem uma pequena participação, mas ela é muito importante, porque o resto das atividades em nosso país giram em torno da agricultura”.

O fato de não industrializar seus produtos, o que é importante para gerar valor agregado, ou de exportar produtos alimentícios com pouca transformação e tecnologia, não diminui a importância que a exportação de produtos primários tem para a economia brasileira. “A exportação é importante para a gente gerar divisas internacionais. A gente tem que vender mais do que compra do exterior. Aí a gente tem uma entrada de renda no país, caso contrário, a gente teria uma saída”, concluiu.

Mato Grosso está entre os principais exportadores de grãos e carne, por exemplo, e tem diversos países comprando mensalmente volume considerável de produtos.

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