O dólar comercial encerrou a segunda-feira a R$ 1,928 para venda, em alta de 1,15%. O Banco Central restringiu sua intervenção ao leilão habitual de compra de moeda, adquirindo divisas a R$ 1,9279 (taxa de corte). Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,020 (valor de venda), estável sobre a taxa de sexta-feira.
“Hoje, o que afetou o mercado foi a baixa da Bolsa de Xangai –mais de 8%– além do que o Banco Central também tomou [comprou] moeda. Na sexta-feira, ele já havia adquirido mais de US$ 1 bilhão”, afirma Maurício Lima, diretor da corretora Confidence.
Analistas de mercado estimam que a cotação possa cair abaixo dos R$ 1,90 ainda nesta semana, conforme surjam indicadores econômicos mais ou menos desfavoráveis. Na sexta-feira, a taxa cambial chegou a atingir o preço mínimo de R$ 1,900, num dia em que o BC realizou intervenções no mercado à vista e futuro.
A entrada de recursos continua superior à saída, tanto pelo lado comercial (exportações e importações) quanto pelo financeiro, avaliam corretores.
No front doméstico, o boletim Focus, do BC, mostrou que a maioria do mercado derrubou, pela primeira vez, as projeções para a taxa de câmbio para abaixo de R$ 2,00 em dezembro deste ano.
O governo ainda divulgou que a balança comercial teve saldo positivo de US$ 323 milhões nos primeiros dias de junho (1 a 3), o que eleva o superávit acumulado deste ano para US$ 17,177 bilhões, um crescimento de 7,53% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 15,974 bilhões).