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Dólar sobe 1% e bolsa cai 2,8% no dia seguinte à votação no Reino Unido

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Após abrir o dia em forte alta, a moeda norte-americana desacelerou ao longo da sessão e fechou com valorização de 1,05%. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (24) vendido a R$ 3,38, com alta de R$ 0,035. Ontem (23), a divisa tinha fechado em R$ 3,345 e atingido o menor nível em 11 meses.

O dólar começou o dia vendido a R$ 3,43, depois da divulgação dos resultados do referendo em que foi decidida a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Nas horas seguintes, no entanto, a alta diminuiu. Na mínima do dia, por volta das 11h10, a moeda chegou a ser vendida a R$ 3,353. A divisa acumula queda de 6,4% em junho e de 14,4% em 2016.

Enquanto o dólar subiu, o euro e a libra tiveram fortes quedas, influenciados pela movimentação que tomou conta dos mercados globais depois da confirmação da vitória dos partidários do Brexit – como se chama o movimento que defende a retirada do país da UE.

O euro caiu R$ 0,067 (-1,77%) e fechou em R$ 3,747. A libra esterlina, moeda do Reino Unido, caiu R$ 0,399 (-7,97%), fechando a R$ 4,609. Ontem, a moeda britânica tinha fechado a R$ 5,008.

Na bolsa de valores, o dia foi de pessimismo, dominado por investidores que tiveram de se desfazer de ações no Brasil para cobrir prejuízos no exterior. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou o dia com queda de 2,82%, aos 50.105 pontos. No início da manhã, no entanto, a queda chegou a 5%. Ontem, o indicador tinha subido 2,8% e registrado a maior alta em 45 dias.

As ações da Petrobras, as mais negociadas, caíram. Os papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionistas, despencaram 5,15%, para R$ 11,43. As ações preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos, caíram 4,34%, para R$ 9,25.

Após a notícia da vitória do Brexit, as bolsas de valores de todo o mundo apresentaram fortes quedas e geraram muita insegurança nos mercados financeiros.

A Bolsa de Milão teve sua maior queda na história, superando a quebra do banco Lehman Brothers (2008) e o ataque terrorista às Torres Gêmeas, em 2001. O índice FTSE-Mib fechou com retração de 12,48%, em 15.723 pontos, o que representou perda de cerca de 61 bilhões de euros.

A Bolsa de Madri despencou 12,35% e também registrou a maior queda da história. No epicentro do caso, a Bolsa de Londres caiu de 3,2%; a de Frankfurt, 6,82%; e a de Paris, 8,04%. O índice de Lisboa retraiu 6,99%.

Além dos pregões europeus, as bolsas asiáticas também tiveram fortes quedas, especialmente no Japão, onde a perda foi de 7,92%. China (-1,33%), Hong Kong (-2,92%) e Austrália (-3,17%) acompanharam as quedas. Nos Estados Unidos, os mercados também acumularam perdas: o índice Dow Jones fechou em queda de 3,38%, o pior desde 2011, e a Nasdaq, de quase 4%.

No mercado de câmbio, na Europa, a libra esterlina apresentou sua maior queda desde 1985, despencando para 1,3228 perante o dólar.

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