O dólar encerrou em leve baixa nesta segunda-feira, atento ao cenário externo mais tranquilo, mas a cautela antes da divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos e a atuação do Banco Central no mercado evitaram um declínio maior.
A divisa norte-americana terminou em queda de 0,23 por cento, a 2,161 reais. O dia foi de baixa volatilidade, com o dólar oscilando entre cotação mínima de 2,158 reais e máxima de 2,163 reais.
Segundo o operador de câmbio de uma corretora nacional, perto do fechamento havia apenas 700 milhões de dólares em negócios registrados. Ele ressaltou, no entanto, que o montante que os bancos venderam ao BC ainda não havia sido registrado.
No leilão de compra de dólares, o BC aceitou apenas três propostas, com taxa de corte a 2,160 reais.
Analistas disseram que a presença constante da autoridade monetária no mercado tem segurado uma queda mais forte do dólar.
“Com o BC comprando todo dia, não tem muito espaço para grandes movimentos”, explicou Alexandre Vasarhelyi, responsável pela área de câmbio no banco ING.
Em relatório, a corretora de câmbio NGO destacou que não descarta que o BC possa retomar os leilões de swap cambial reverso para segurar a apreciação do real.
Recentemente, operadores e analistas têm citado expectativas por um leilão de swap reverso principalmente por conta do vencimento de cerca de 1,6 bilhão de dólares em contratos como esse no dia 1o de setembro.
No quadro internacional, o dia foi de mais tranquilidade diante do início do cessar-fogo no Líbano, o que trouxe otimismo aos mercados.
A melhora dos mercados, porém, foi cautelosa, já que os investidores aguardam a divulgação de dados sobre a inflação dos EUA nesta semana, em busca de sinais sobre a próxima decisão do Federal Reserve na política monetária.