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Dólar fecha em queda a R$ 2,24

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O dólar recuou 0,31% nesta terça-feira e fechou a R$ 2,245, em um dia de volume mais fraco por causa do feriado de Finados na quarta-feira.

O Banco Central realizou mais um leilão de compra de dólares no mercado à vista na parte da tarde, mas a moeda norte-americana acentuou a queda depois da operação. Segundo operadores, o BC aceitou 14 propostas feitas por 10 bancos, com taxa de corte a 2,2505 reais.

Esse foi o 19º leilão de compra de dólares desde que o BC retomou a operação no início de outubro.

“A impressão que a gente tem é que fica todo mundo segurando para vender dólares para o BC e depois que ele saiu o pessoal entrou vendendo a qualquer preço”, comentou o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado.

“Mas o volume hoje foi a metade de ontem… muito por causa do feriado e também ontem era virada de mês, então o volume é sempre mais forte”, acrescentou o gerente.

O volume no segmento interbancário na segunda-feira ficou acima dos US$ 2,7 bilhões.

O responsável por câmbio do banco ING, Alexandre Vasarhelyi, lembrou ainda que o fato de já ter passado a pressão da disputa pela Ptax do fim do mês (taxa média do dólar) deixou o mercado mais tranquilo nesta terça-feira.

“Eu diria que o mercado ficou bem estável, foi um dos dias mais calmos”, afirmou o profissional. Na máxima, o dólar avançou 0,27%, a R$ 2,259, enquanto na cotação mínima, a moeda recuou 0,36%, a R$ 2,244.

Outro fator que deixou o mercado mais travado ao longo do dia foi a expectativa com a decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros norte-americana, atualmente em 3,75%.

Investidores acreditam que o Fed deve elevar a taxa para 4%, mas a principal dúvida é sobre a duração do aperto monetário, após comentários recentes de membros do banco central norte-americano a respeito do avanço da inflação nos Estados Unidos.

Mas mesmo que haja o aumento na taxa, o diretor de câmbio da corretora Novação, Mário Battistel, lembrou que a pressão de alta do dólar frente ao real deverá ser de curto prazo, já que o diferencial em relação aos juros brasileiros ainda é grande, ou seja, eles continuariam atrativos ao investidor estrangeiro.

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