A contração de 0,3% na economia brasileira no primeiro trimestre não afetou o mercado financeiro. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (1º) em queda de R$ 0,024 (-0,68%), vendido a R$ 3,588. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu 1,12%, fechando em 49.013 pontos e interrompendo uma sequência de três sessões de queda.
O dólar chegou a subir no início da manhã. Na máxima do dia, por volta das 11h, aproximou-se de R$ 3,63. A cotação, no entanto, desacelerou nas horas seguintes. Após a aprovação, na comissão especial do Congresso, da proposta de emenda à Constituição que prorroga a Desvinculação de Receitas da União, a divisa recuou ainda mais até encerrar a sessão em baixa.
Na bolsa de valores, a alta foi puxada pelas ações da Petrobras. As ações ordinárias da companhia, com direito a voto em assembleia, subiram 2,26%, para R$ 10,41. As ações preferenciais, que dão prioridade na distribuição de dividendos, tiveram alta de 1,74%, fechando em R$ 8,18.
Hoje, a empresa anunciou que vai desembolsar R$ 6,1 bilhões para recomprar títulos de dívida emitidos no exterior. A perspectiva de que a estatal reduza o endividamento no mercado internacional por causa da operação de recompra estimulou o interesse nos papéis da companhia.
As ações do Bradesco subiram 1,84%, para R$ 23,22, após terem caído 5% ontem. A recuperação ocorre um dia depois de a Polícia Federal indiciar o presidente da instituição financeira, Luiz Carlos Trabuco, por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência na Operação Zelotes, que investiga a venda de sentenças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda que julga recursos contra multas impostas pelo Fisco a grandes contribuintes. O banco nega irregularidades.