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Custo da construção civil deve ficar 10% mais caro em Mato Grosso

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O custo da mão de obra na construção civil aumentou 10,6% em Mato Grosso nos últimos 12 meses, de acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi). No mês passado, o valor médio pago aos trabalhadores por metro quadrado (m2) construído foi de R$ 378,96, contra os R$ 342,69 desembolsados em junho de 2013.

Apesar do crescimento na participação da mão de obra no gasto final do empresário, as despesas com materiais ainda ficam com a maior fatia do gasto, 57,4% do montante de R$ 891,04 por metro quadrado. Para o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios, Elias Henrique dos Santos, a “luta ainda não acabou”. É preciso melhorar essa remuneração, na opinião do sindicalista.

Conforme Santos, a valorização dos trabalhadores ocorreu nos últimos anos com o aumento da demanda por mão de obra, mas a defasagem já era grande. O representante da categoria destaca ainda que o material realmente pesa mais na conta do empresário porque a inflação chega mais rápido no valor das mercadorias, o que não acontece com o salário dos trabalhadores.

Considerando tudo, houve acréscimo de 6,04% no custo médio do m2 no Estado em 1 ano, já que o valor desembolsado em julho de 2013 foi de R$ 840,27/m2. O montante gasto com material também contribuiu para essa expansão. Em julho passado, o empreendedor pagou em média R$ 512,08/m2.

No mesmo mês de 2013, o valor foi de R$ 497,58. Com isso, Mato Grosso se manteve com um custo médio de material superior à média nacional, que foi de R$ 490,65 no mês passado.

Este levantamento, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa Econômica, é usado como base para os repasses do Minha Casa, Minha Vida aos empreendedores.

Apesar do setor empresarial reclamar dos valores estabelecidos pela Caixa nas tabelas, o programa habitacional é considerado importante para a manutenção dos investimentos na área e a valorização imobiliária de regiões periféricas. “O MCMV foi e continuará sendo uma mola propulsora da construção civil e, portanto, da incorporação imobiliária”, opina o engenheiro civil Jamil Rahme, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no MBA – Gestão Imobiliários e Construção Civil.

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