As promoções realizadas por estabelecimentos do setor automotivo de Mato Grosso acarretaram em uma reação nas vendas de 14,6% em fevereiro em relação ao primeiro mês do ano. Dados divulgados nesta terça-feira pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram uma recuperação do setor, que vinha registrando queda desde outubro de 2008.
Conforme o balanço, as vendas no Estado passaram de 5,707 mil unidades em janeiro para 6,544 mil no mês passado, com alta em todos os modelos, automóveis, comerciais leves, motos, caminhões e ônibus. Para se ter uma ideia, a comercialização de autos passou de 1,808 mil no primeiro mês de 2009 para 2,167 mil no segundo, variação positiva de 19,8%. As motocicletas tiveram um resultado um pouco menor, porém positivo, com alta de 8,6%, já que evoluiu de 3,204 mil para 3,481 mil unidades.
Apesar dos dados positivos na variação mensal, analisando o desempenho do bimestre, Mato Grosso apresenta retração nas vendas de 6,1%. Nos primeiros dois meses de 2009 foram vendidos 12,251 mil veículos no Estado, contra 13,052 mil no mesmo intervalo do ano passado. Em fevereiro, isoladamente, a queda foi de 5,6%, baixando de 6,935 mil unidades em 2008 para 6,544 mil este ano. A baixa nas vendas foi puxada pelo setor de motocicletas, que teve uma queda de 17,7% no mês passado. No segundo mês de 2008 foram comercializadas 4,231 mil motos e em igual período deste ano caiu para 3,481 mil.
O sócio-proprietário da Queiroz Motos, Edmar Queiroz, afirma que a retração está associada ao rigor dos bancos na hora de conceder o financiamento. Por conta da queda na demanda ele diz que a empresa teve de se readequar, o que resultou em um enxugamento de 15% na quantidade de funcionários. Ele não cita números. Mesmo com o cenário não tão favorável ele está otimista e comemora a evolução nas vendas de janeiro para fevereiro.
Pressão- A General Motors informou ontem que o governo brasileiro terá de continuar a dar crédito ao consumidor e facilidades se não quiser ver a crise atingir significativamente o setor automotivo nacional nos próximos meses. “O governo precisa continuar a facilitar o crédito ao consumidor brasileiro, principalmente nesse momento”, disse o diretor financeiro da GM, Fritz Henderson.