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Comércio abrirá seis mil vagas de empregos temporários em Mato Grosso

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O setor do comércio e serviços deverá abrir cerca de 6 mil vagas de empregos temporários para atender a demanda do segmento varejista no final do ano. Somente no comércio varejista de Cuiabá, a oferta será de 3 mil empregos, ou seja, 50% das vagas oferecidas. A notícia poderia ser melhor, não fosse a crise enfrentada pelo setor. A previsão de abertura de vagas refere-se ao mesmo nível do ano passado. Ou seja: sem crescimento. Cálculos da Federação do Comércio (Fecomércio/MT) estimam que o mercado terá queda acumulada na ordem de 7,5% a 9,2%, devido ao desaquecimento das vendas em 2005.

“Não há tempo de recuperarmos tudo o que perdemos durante o ano” – diz o presidente da Fecomércio, Pedro Nadaf, apontando um recuo de 9% nas vendas no acumulado de janeiro a setembro. “Se considerarmos o excelente desempenho que tivemos no ano passado, quando crescemos acima de 10% em relação a 2003, uma previsão mais otimista para este ano fica ainda mais distante” – afirma Nadaf, que apontou a elevada taxa de juros e dificuldades de crédito como responsáveis pelo fraco desempenho até aqui do comércio. A crise do agronegócio no Estado também afetou o setor.

Há outros indicadores preocupantes, como, por exemplo, a recuperação do crédito. De acordo com o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), o percentual de consumidores que procurou as lojas para quitar suas prestações atrasadas caiu 11% no período de janeiro a setembro. Já a inadimplência (inclusão de clientes na lista negativa do SCPC) registrou crescimento de 24,80% este ano. A inclusão de novos devedores também “puxou” a inadimplência com cheques, que teve alta de 14%, e de títulos protestados, com incremento de 17,93% no período.

Ao oferecer emprego temporário, cujos contratos são na maioria das vezes de até três meses, as empresas são obrigadas a arcar com todas as obrigações trabalhistas previstas na CLT, lembra o presidente da Fecomércio/MT, Pedro Nadaf. Geralmente os empregos temporários ocorrem no período de novembro a janeiro. A vantagem é que nem sempre a mão-de-obra necessita de ser especializada – facilitando o acesso de muitos ao emprego.

Não é só em épocas de festas de fim de ano que as empresas podem contratar, pois sempre que houver necessidade podem lançar mão desta flexibilidade, bastando para isto um contrato temporário conforme determina a legislação trabalhista. Uma vantagem para muitos contratados temporariamente é que passado o período de vigência, podem ser admitidos como efetivos. Portanto, os desempenhos destes empregados estarão sendo avaliados. Portanto, é preciso que tenham bom desempenho.

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