Apesar da secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso ter agilizado, nos últimos tempos, a emissão dos planos de manejo – essenciais para o setor madeireiro – por meio de uma reestruturação, representantes do setor ainda apontam que o excesso burocrático tem feito o procedimento demorar. Em municípios onde a extração de madeira ainda é uma das principais fontes econômicas, gestores reclamam.
“Agora melhorou um pouco mas tínhamos gente com dois, três anos e não saía nada. Parece que criam até a dificuldade”, declarou o prefeito de Feliz Natal (130km de Sinop), Antônio Debastiani. No município, a atividade madeireira ainda é considerada uma das maiores geradoras de renda.
O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte, José Eduardo Pinto, descreve que a maior dificuldade encontrada pelo segmento está na demasiada documentação pedida ao empresário que busca o plano. “O problema é que a legislação exige muitos itens e mesmo que as coisas andem acaba demorando porque é preciso ter LAU, certidão e outras. Você cumpre uma coisa e outras aparecem”, citou, em entrevista a Só Notícias.
Em meados do primeiro bimestre a Sema iniciou uma série de avaliações técnicas de planos de manejo e exploração florestal. Os planos garantem a extração de madeira das matas de forma legal, respeitando a lei e fazendo com que o empresário esteja dentro das normas estabelecidas pelos órgãos ambientais.