PUBLICIDADE

Brasil volta a defender que não cederá gás boliviano para Argentina

PUBLICIDADE

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, reafirmou hoje, que o Brasil não poderá ceder gás boliviano para a Argentina, como fez no ano passado. Segundo ele, nos últimos seis meses, o despacho termelétrico aumentou 600%, demonstrando que o mercado brasileiro precisará dos 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia previstos no acordo que tem com a Bolívia.

“A Petrobras, que é compradora de gás da Bolívia e fornecedora de gás para as distribuidoras brasileiras, acha que é impossível abrir mão de qualquer molécula de gás vinda da Bolívia”, afirmou Gabrielli em Buenos Aires, frisando que não falava em nome do governo brasileiro. O presidente da Petrobras acompanha a visita de Estado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz à Argentina.

De acordo com Gabrielli, a proposta de cessão de gás para o país vizinho foi feita na última semana pelo vice-presidente da Bolívia, Álvaro Garcia Linera, em Brasília. No ano passado, o Brasil não chegou a utilizar os 30 milhões de metros cúbicos contratuais e repassou 1 milhão para a Argentina enfrentar a crise de abastecimento de inverno.

Embora a Petrobras não esteja disposta a repetir a solução neste ano, Gabrielli frisou que isso não quer dizer que a empresa “não seja sensível” às necessidades do mercado elétrico argentino. “A Petrobras está disposta, conjuntamente com o Brasil, a analisar algumas possibilidades de fornecimento elétrico à Argentina em momentos emergenciais”, ponderou. Para isso, disse ele, o Brasil geraria energia elétrica adicional à necessidade brasileira.

Ainda é necessário aprofundar os estudos técnicos para tais soluções, destacou Gabrielli. Entre as alternativas estão a utilização de termoelétrica a óleo combustível ou gás natural (GNL) e a acumulação de água, em diferentes momentos. “Em certos momentos, despacha-se mais termoelétrica e acunula-se água e depois se compensa isso. São possibilidades técnicas que devem ser analisadas conjuntamente entre Brasil e Argentina”, afirmou.

Questionado sobre possíveis retaliações do governo argentino com relação às operações da Petrobras no país vizinho, Gabrielli disse que a empresa tem uma relação muito boa com o governo argentino, como todas as típicas relações que existem entre uma empresa de energia e os governos em qualquer lugar do mundo.

O presidente da Petrobras deve se reunir, ainda hoje, com autoridades argentinas.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Com desempenho acima da média nacional, produção industrial de Mato Grosso cresce 4,6%

Mato Grosso registrou crescimento de 4,6%, acima da média...

Empresas de Sorriso estão com 92 vagas de emprego

Empresas e indústrias sediadas em Sorriso estão admitindo 92...
PUBLICIDADE