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Bloqueio na BR-163 em Sinop e Sorriso será ‘unificado’ e começa na 2ª

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Ficou para segunda-feira o início do bloqueio na BR-163 em Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde, impedindo a passagem de caminhões e carretas carregados com soja, milho, arroz e insumos agrícolas. Inicialmente a previsão era de que o movimento começasse hoje em Sinop, mas, segundo o presidente do Sindicato Rural, Antonio Galvan, a decisão foi tomada com representantes de Sorriso e Lucas do Rio Verde, ontem à noite. Inicialmente, os produtores de Sinop tinham decidido que o bloqueio começaria hoje. Mas a classe decidiu fazer os protestos na mesma data, em várias cidades da região. Só será permitida a passagem de automóveis, ônibus e caminhões carregados com outros produtos.

Em Sinop, os produtores se mobilizarão no bairro Alto da Glória (cerca de 15 km do centro) e em Sorriso o bloqueio será feito na altura do Posto Redentor. Galvan alerta que será impedida a passagem de soja, arroz com casca. Cargas de arroz beneficiado e milho com destino para outros Estados também serão bloqueadas. Já cargas com insumos e equipamentos agrícolas serão analisados caso a caso. De acordo com o presidente do sindicato, os produtos destinados para áreas já plantadas, serão liberados.

O protesto dos agricultores iniciou na segunda-feira, pelo município de Ipiranga (120 km de Sorriso), em que o setor bloqueou os acessos aos mais de 30 armazéns de grãos do município, impedindo o escoamento da safra. No município de Tapurah o movimento, que foi intitulado como ‘Grito do Ipiranga’, iniciou ontem. Agricultores bloquearam a MT-338, impedindo a passagem dos caminhões. Em Nova Mutum o bloqueio deve começar na terça-feira. Outros municípios da região também podem aderir ao movimento. Conforme Antonio Galvan, o município de Sapezal e alguns da região Sul do Estado já estão sendo convocados a aderir ao protesto.

Os agricultores também decretaram moratória de todos os pagamentos aos bancos, referentes às dívidas agrícolas e colocaram faixas em frente às agências, em protesto à falta de medidas que contribuam para o não endividamento do setor. Galvan alertou que não está descartada protestos em frente às agências bancárias dos municípios.

O protesto é contra a política agrícola do governo que resultou em uma grande queda no preço da soja, milho e arroz e, conseqüentemente, o endividamento de milhares de agricultores. Eles também cobram a redução nos preços dos combustíveis, dos agrotóxicos, máquinas e a conclusão da BR-163 até o Porto de Santarém (PA), que reduziria significamente os custos de frete, para o escoamento da safra.

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