A construção civil avançou em número de empresas e no valor das incorporações, obras e serviços de 2014 para 2015. A quantidade de empresas deste segmento em Mato Grosso aumentou de 1,165 mil em 2014 para 1,237 mil no ano seguinte, crescimento de 6,18%. Já o valor investido teve avanço menor, de 3,46%, passando de R$ 5,056 bilhões para R$ 5,238 bilhões.
Por outro lado, o número de postos de trabalho e, consequentemente, o volume de salários, recuou no mesmo período. A quantidade de pessoas ocupadas no setor da construção civil atingiu 35,324 mil em 31 de dezembro de 2014. Já em 2015 este número recuou para 29,116 mil, o que representa uma queda de 17,57%. Os salários, retiradas e outras remunerações caíram 15% no período, baixando de R$ 851,162 milhões para R$ 739,965 milhões.
De acordo com o vice -presidente do Sinduscon/ MT, Cezário Siqueira Gonçalves Neto, a queda já era prevista pelo segmento, visto que o crescimento no número de obras e de postos de trabalho ocorreu, principalmente, em virtude das obras da Copa do Mundo. “Houve um processo de inchaço na construção até 2014 provocado pelos investimentos realizados para atender a Copa, como as obras de mobilidade, de hotéis e outros investimentos que foram feitos para o evento”, aponta Gonçalves Neto. “Após o Mundial, obras foram concluídas e outras paralisadas. O impacto foi maior em virtude disso”, complementa.
A redução do mercado foi outro fator que contribuiu para a recessão no segmento da construção, segundo ele. “A crise econômica afetou o mercado imobiliário do país e de Mato Grosso e provocou uma queda ainda maior no volume de obras e de postos de trabalho em 2016 e 2017. Chegamos a ter 9 meses de saldo negativo nas contratações, segundo dados do Valor das incorporações aumentou 3,46%, de 2014 para 2015 Caged”, lembra