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Aumentam fraudes em compras virtuais no Mato Grosso

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Oe-commerce é uma relação de consumo com diversas vantagens e riscos. A agilidade para realizar compras, variedade de produtos e serviços ofertados são alguns dos benefícios que atraem os consumidores. Contudo, entre os riscos está o de golpes cada vez mais elaborados. Durante o 1º semestre de 2015 houve indício de 4,2% de fraudes neste segmento em Mato Grosso. Os dados fazem parte do Mapa da Fraude no Brasil, pesquisado pela ClearSale, uma empresa especializada em soluções antifraude para transações comerciais. Dessa forma, a cada R$ 100 transacionados no comércio eletrônico em Mato Grosso, R$ 4,20 foram desviados para algum tipo de fraude.

Os produtos mais visados pelos criminosos online são aparelhos e jogos de videogame (16,1%), telefonia celular (14,5%), acessórios automotivos (10,6%), produtos de beleza (8,5%) e eletrônicos (8,3%). O coordenador de Inteligência Estatística da ClearSale, Henrique Martins, explica que a averiguação de transações de risco é realizada por especialistas que verificam se a compra foi uma fraude ou não. Ele ressalta que quanto maior for o percentual de fraudes mais preocupantes são os riscos para o lojista e consumidor. “Se em Mato Grosso existe esse percentual de 4,2%, isso significa que 95,8% das compras online são concluídas com êxito ou são compras boas”. Martins diz que as fraudes são realizadas em geral por pessoas que acham ou furtam algum cartão de crédito e o utilizam antes que os donos percebam. “Também é realizada por hackers ou podem estar anexas a e-mails e sites falsos”.

O coordenador orienta que embora a internet seja um meio seguro para realizar compras, todo cuidado é pouco. “Sempre é importante desconfiar de sites com os quais não se têm o costume de comprar. Por isso sempre pesquise a idoneidade da página na internet. Nunca forneça a senha do cartão, porque o mais usual é a utilização do código de segurança. Cuidado com e-mails, muitas vezes eles podem direcionar para um site nocivo”

Já o professor de Segurança da Informação e Auditoria, Thyago Jorge Machado, avalia que os 4,2% de fraude podem ser superados caso sejam acrescentados os relatos de auditorias. “Os fraudadores estão cada vez mais especializados. E se eles possuem noções de contabilidade e administração podem muito bem apagar registros da mercadoria e assim nem serem percebidos em um simples relatório de verificação do sistema”, exemplifica. A orientação do especialista é que a auditoria seja prestada por um profissional independente, ou seja, não pela empresa que criou o software utilizado para e-commerce. “A imparcialidade neste caso é importante para que o auditor consiga opinar e oferecer soluções que vão ao encontro da necessidade do comerciante”.

Outro problema revelado por Machado é o de empreendedores que não querem investir em tecnologia segura. No mercado, um sistema de e-commerce custa em média R$ 5 mil. Já o serviço de auditoria, que deve ser realizado com regularidade, pode custar R$ 500 mensais. “O empreendedor que não investe perde a credibilidade e corre riscos de cair em fraudes”. O empresário Célio Fernandes há 4 anos começou a oferecer os produtos da rede de farmácia de manipulação no e-commerce. Ele diz que até hoje não teve nenhum problema com fraudes, situação que atribui ao sistema no qual está hospedado o site. “Quando escolhi este tipo de serviço, priorizei um software que provasse especialmente pela segurança. Esta é uma modalidade de comércio que veio para ficar.

Os empresários que não agregam este valor ao produto, disponibilizando-o na web, perde um nicho de mercado”. Em relação às ameaças de fraudes, Fernandes explica que possui mecanismos de controle que conseguem identificar mensagens ou tentativas de transações suspeitas. O vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Paulo Gasparato, avalia que a comercialização via e-commerce expande fronteiras. “O comerciante que vende seus produtos na internet tem o mundo como cliente. Por essa razão é essencial estar atento às ferramentas de proteção contra qualquer tipo de golpe nas vendas virtuais”.

Ele destaca que um ponto importante que viabilizou o e-commerce é a logística que permite entregar produtos em qualquer lugar do país. O professor Thyago Jorge Machado recomenda que, “se há investimento em bons programas e acompanhamento constante de um profissional especializado, o comerciante vai sempre ter consciência da capacidade de atendimento aos clientes de forma segura e dinâmica, assim como funciona o mundo virtual”.

Brasil – A média de tentativas de fraudes no e-commerce brasileiro durante o 1º semestre de 2015 foi de 4,10%. As categorias mais procuradas pelos fraudadores foram videogames (12,7%) e telefonia celular (10,6%). Em seguida estão os eletrônicos (5,6%), informática (5,4%) e acessórios (5,4%). Já a média de tentativas de fraudes na região Centro-Oeste durante o 1º semestre de 2015 foi de 4,93%. A região é a 3ª com mais tentativas de golpes no país, ficando atrás do Nordeste (5,96%) e do Norte (7%). Em relação às fraudes por estado, Mato Grosso teve o com maior acréscimo em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 3,4% para 4,2%. Goiás registrou o menor crescimento em tentativas de fraude, subindo de 6,6% para 7% em 2015. Distrito Federal e Mato Grosso do Sul tiveram alta de 0,6%, indo de 3,4% e 2,5% para 4% e 3,1%, respectivamente.

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