As indústrias da madeira e do mobiliário admitiram 4,6 mil trabalhadores em Mato Grosso, durante o primeiro semestre deste ano. Comparado com o número de contratações realizadas no mesmo período do ano passado (5,238 mil), houve redução de 10,5% no volume de admissões neste ano.
Outra situação observada, com base nos dados estatísticos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é que as demissões acumuladas de janeiro a junho de 2015 se sobrepuseram às admissões deste mesmo intervalo. Com 4,702 mil trabalhadores desligados nos 6 primeiros meses de 2015, o saldo semestral ficou negativo em 19 postos de trabalho. Em 2014, as demissões somaram 5,253 mil, contribuindo para que o estoque de empregos formais ficasse negativo em 15 colocações.
Em Mato Grosso, apenas dois dos 12 subsetores da indústria de transformação conseguiram elevar o estoque de empregos em 2015. Na indústria química, o saldo ficou positivo em 1,364 mil novos postos de trabalho. As indústrias de materiais elétricos e comunicações também elevaram as contratações, encerrando o primeiro semestre com saldo positivo de 22 novas vagas.
Juntos, os 12 subsetores da indústria de transformação contrataram 31,250 mil trabalhadores, entre os meses de janeiro a junho de 2015. Neste mesmo intervalo, foram desligados 32,656 mil trabalhadores, resultando num déficit de 1,406 mil vagas em todo o Estado.
De acordo com o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Geraldo Bento, o setor de base florestal foi afetado neste ano pelos atrasos na liberação de projetos de manejo florestal sustentável (PMFS).
Com a queda na produção, mais postos de trabalho foram extintos e isso afetou a geração de renda das famílias, principalmente em 15 municípios mato-grossenses que dependem quase exclusivamente da produção madeireira.