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Produtores querem investir na construção e serem sócios da ferrovia Sinop-Miritituba

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Só Notícias/Editoria (foto: arquivo/assessoria)

Diretores da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) expuseram ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a decisão do setor em investir na construção da Ferrogrão – ferrovia que ligará Sinop a Miritituba (PA) para escoar a safra agrícola, madeira, combustível e trazer para o Nortão insumos e demais produtos. “O ministro se manifestou totalmente favorável, como produtor que ele é, e isso representa um avanço grande com a sinalização do ministro para os agricultores serem sócios deste grande projeto”, avaliou o presidente Antonio Galvan, ao Só Notícias. A intenção é que produtores banquem 50% do montante do investimento e a outra parte ficará para as tradings e fundos internacionais. A estimativa do investimento total é de R$ 12 bilhões para fazer 1,1 mil km de trilhos e terminais de cargas de embarque e desembarque em Sinop e Matupá.  O setor produtivo de Mato Grosso calcula que conseguiria arrecadar, por ano, de R$ 600 milhões  a R$ 1 bilhão para investir na Ferrogrão.

“A ideia é que os produtores de Mato Grosso tirem a ferrovia do papel. Os agricultores ganhariam com a valorização da terra, o menor custo de transporte e os lucros com a operação da ferrovia, já que seriam sócios”, expôs o presidente da associação, que já tratou do tema com produtores em Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e demais municípios. “O projeto econômico começa ser montado esta semana para definir o ganho de cada produtor com a ferrovia, ao reduzirmos o custo do frete rodoviário”, emendou.

A concessão do governo federal para a ferrovia vai a leilão ano que vem – havia expectativa que saísse esse ano. Neste momento, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está analisando os estudos de viabilidade do projeto e deve enviá-los, ainda este mês, para análise do ministério dos Transportes. O próximo passo é devolvê-lo para a Estação de Luz Participações, que elaborou o projeto, fazer os ajustes finais.

O tabelamento do frete é um dos fatores que tem estimulado os agricultores a se unirem e ajudarem bancar a ferrovia. “A tabela do frete trouxe um problema seríssimo para o produtor. O custo para o transporte de milho da região de Sinop e Sorriso para o nordeste vai todo com frete. Isso inviabiliza a nossa produção. Estamos também diante de um impasse em relação às negociações futuras de soja. Não se sabe onde vai ser travado o preço para o ano que vem”, acrescentou Galvan.

O presidente também expôs que a definição da tabela para o transporte de cargas e a decisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de cobrar multas das empresas que contratarem frete abaixo do preço mínimo levou a diretoria da Aprosoja a buscar soluções para reduzir o custo para o escoamento da produção de grãos no Estado.

 

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