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Alimentos continuam pressionando aumento da inflação

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, apresentou uma variação de 0,77% em abril deste ano. O resultado supera o registrado no mês anterior, 0,60%. O dado foi divulgado hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, o IPCA-15 registra inflação de 3,14%. Considerando os últimos 12 meses, a elevação acumulada é de 6,44%.

A alta no índice foi puxada pela elevação nos preços dos alimentos e das bebidas (de 0,46% para 0,79%) e dos transportes (de 1,11% para 1,45%), que contribuíram com 0,46 ponto percentual, o que significa 60% do IPCA-15.

No caso dos transportes, as principais pressões partiram dos combustíveis, que tiveram elevação de 5,26% e foram responsáveis pela maior contribuição individual do mês: 0,24 ponto percentual.

Também subiram os preços das tarifas dos ônibus urbanos (de 0,83% para 0,62%) e intermunicipais (de 1,94% para 0,87%). Já as passagens aéreas apresentaram queda de 9,39%, depois de terem aumentado 29,16% em março. Os automóveis novos continuaram com redução, tendo passado de -0,29% para -0,39%.

De acordo com o levantamento, os principais destaques para a alta dos preços dos alimentos foram a cebola (de 3,67% para 22,56%), o leite pasteurizado (de -0,38% para 1,58%), a batata-inglesa (de 9,66% para 10,05%%), o feijão-carioca (de -6,91% para 5,99%) e os pescados (de 0,08% para 2,91%). Em movimento oposto, o índice das carnes (de -2,33 % para -0,43%) permaneceram em queda, embora tenha diminuído o ritmo de deflação. Também caíram os preços do açúcar refinado (de -2,55% para -2,49%) e das frutas (de 3,33% para -0,81%).

O grupo habitação registrou elevação (de 0,39% para 0,72%), com a influência das altas em aluguel residencial (de 0,40% para 0,76%) e condomínio (de 0,60% para 0,99%). O mesmo movimento foi observado em vestuário (de -0,37% para 1,46%), refletindo a entrada da coleção da nova estação, e em saúde e cuidados pessoais (de 0,35% para 0,57%). Já os artigos de residência apresentaram queda de 0,26% para -0,07%, com a redução nos preços de eletrodomésticos (de -0,54% para -0,98%), principalmente TV, som e informática (de -0,90% para -0,60%) e mobiliário (de 1,10% para 0,24%).

Entre as regiões metropolitanas, a maior inflação foi registrada em Curitiba (1,26%). A menor taxa foi observada em Brasília (0,42%).

Para calcular o IPCA-15, foram coletados preços entre 16 de março e 12 de abril e comparados com os vigentes entre 12 de fevereiro e 15 de março. O indicador refere-se às famílias com rendimentos até 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas com período de coleta de preços diferente.

 

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