As indústrias madeireiras de Sinop, que representam uma das principais atividades econômicas do município, comercializaram cerca de R$ 53.263.864 milhões entre os meses de janeiro a maio. De acordo com os números, apresentados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), no último sábado, durante uma audiência com madeireiros de toda a região, a produção de Sinop representa 20% das vendas de madeira de todo o Estado, tanto em vendas para exportações, para outros Estados e internas. Conforme o relatório, o município comercializou R$ 23 milhões para exportação. Outros R$ 26 milhões foram vendidos para outros Estados e, apenas R$ 2,4 milhões, para vendas internas. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Mato Grosso (Sindusmad), Jaldes Langer, os números confirmam a grande importância do setor no município.
Em todo o Estado, foram comercializadas R$ 249.059.165 milhões, nas vendas de madeira internas, para outros Estados e exportações. As vendas tiveram um crescimento continuado de fevereiro a maio. No primeiro mês foram comercializados R$ 5.470.549 milhões. Em março passou para R$ 46.275.828 milhões. Já no mês de abril as vendas somaram R$ 81.428.071 milhões, pulando para R$ 115.884.714 milhões, em maio.
Desde fevereiro, muitas madeireiras estão retomando suas atividades e as contratações. De acordo com o Sindusmad, mais de duas mil novas contratações devem ser efetivadas a partir de julho. No ano passado o setor demitiu cerca de 10 mil pessoas, consequencia da operação Curupira, que foi desencadeada na região e prendeu servidores do Ibama e antiga Fema, além de madeireiros e despachantes, sob acusação de extração irregular de madeira, fraudes e sonegação. Os órgãos suspenderam a liberação de autorizações para desmates e transporte de toras, e centenas de madeireiras acabaram demitindo, reduzindo drasticamente o volume de produção e, diversas delas, fecharam.
O presidente do sindicato, Jaldes Langer, também disse que o reaquecimento do setor depende de algumas melhorias na Sema. Durante a audiência, no sábado, que teve a presença do secretário de Meio Ambiente, Marcos Machado, o sindicato apresentou uma lista com 10 reivindicações, que visam melhorar os serviços da Sema e agilizar a reabilitação do setor. Segundo Langer, 80% dos problemas das indústrias madeireiras dependem dessas solicitações, entre elas agilidade na liberação de planos de manejo e a descentralização do serviços da Sema, que hoje são concentrados em Cuiabá.
O secretário Marcos Machado destacou que o grande desafio da Sema, neste momento, é separar os empresário sérios, que estão na legalidade, e disse que a tendência é que os escritórios como o de Sinop, possam atuar na autorização do licenciamento, e não somente no protocolo e recebimento de documentos. Outro grande problema apresentado por ele é a falta de informação de alguns empresários, que acaba não apresentando as documentações exigidas, resultando na morosidade dos processos.
Uma das propostas do setor que foi acatada pelo secretário, é a inclusão de um corpo técnico, formado por representantes dos sindicatos da categoria, na secretaria, para acompanharem os processos e alterações na gestão florestal.