O pagamento do 13º salário este ano deve injetar R$ 607,874 milhões na economia mato-grossense. O valor é 13,3% superior ao montante que circulou no ano passado, quando R$ 536,162 milhões foram pagos aos trabalhadores com carteira assinada (de órgãos públicos e privados) e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Mas o tão esperado abono salarial requer uma dose extra de cautela e planejamento para que o sonho das compras natalinas não se transforme em pesadelo no ano seguinte.
A quantidade de trabalhadores com acesso ao benefício também aumentou, passando de 732,905 mil em 2006 para 785,901 mil este ano, um crescimento de 7,2%, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese), calculados a partir de indicadores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estratificando os números, os trabalhadores em atividade serão responsáveis por 81,6% do bolo, com R$ 496,107 milhões, cujo valor médio per capita do salário está calculado em R$ 963,76.
Já os aposentados e pensionistas ficam com os 18,4% restantes, pagamento equivalente a R$ 111,767 milhões, com valor médio de R$ 436,27. O número de trabalhadores com carteira assinada soma 529,710 mil e os beneficiários do INSS totalizam 256,191 mil mato-grossenses. Na comparação com 2006, quando os trabalhadores na ativa somaram 490,115 mil, com valor total de R$ 436,753 milhões, há incremento este ano de 8% e de 13,5% no montante. Com relação aos beneficiários, o incremento em 2007 é de 5,5% no número de pessoas, ante as 242,790 mil e de 12,4% no valor, sobre os R$ 99,409 milhões, ambos em relação a 2006.
Na avaliação do supervisor do Dieese em São Paulo, José Silvestre Prado de Oliveira, os bons números registrados em Mato Grosso este ano são reflexos da estabilidade econômica, que possibilitou o aumento na oferta de trabalho, ampliando a massa de trabalhadores assalariados o que, na prática, no final do ano resulta em um número maior de pessoas com acesso ao benefício, ampliando o bolo injetado na economia em novembro e dezembro.