A produção das artes visuais enriquecida pelo audiovisual. Na exposição Irigaray Arte Cidade, que abre dia 27, às 19h30 no Palácio da Instrução, os visitantes poderão apreciar a correlação entre as artes, ampliando a experiência da interação entre as mais diversas linguagens artísticas.
Além de apreciar as obras do genial Clóvis Irigaray, entre clássicos e obras inéditas, e dos convidados que integram este projeto, o público confere ainda documentário e vídeo-instalação idealizados especialmente para a mostra. As possibilidades se ampliam ainda com oficinas e a realização de um ciclo de debates sobre a arte contemporânea.
Na exposição Irigaray Arte Cidade, Clovito soma forças a Babu Seteoito, Elias de Paula, Heitor Magno, Luís Segadas, Marcus Levy, Rai Reis e Renato Campello para refletir sobre a cidade.
É exatamente na intersecção entre os convidados, sua arte e a relação com as suas impressões sobre a cidade que foca a vídeo-instalação (Con)Fusão Arte Cidade. Neste trabalho, novas e velhas formas se encontram e se entrelaçam, criando, assim, novos sinais na urbana paisagem. Sobreposições de imagens e depoimentos dos convidados ressignificam o conceito urbano-artístico. O produto artístico foi idealizado a partir da união de forças de Carol Marimon, João Carlos Fincatto e Theodora Charbel.
“O vídeo se traduz em imagens do centro histórico, com sobreposições das obras. Eles surgem nos muros e janelas desgastadas pelo tempo, no horizonte, em nossa direção. Os artistas estabelecem um diálogo conosco também nos depoimentos ao tratar da fusão da arte com a cidade”, explica. É uma colaboração do audiovisual a esse projeto, abrindo espaço para outras linguagens.
Na ocasião da exposição o visitante pode apreciar ainda a exibição do documentário Clovito, resultado do Trabalho de Conclusão do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Radialismo, da Universidade Federal de Mato Grosso, de Isabella Marimon.
A produção, que tem como intuito divulgar um dos artistas mais influentes e renomados do Estado, trata Clovis Irigaray como uma figura emblemática e polêmica. “Uma personalidade que está na história como pioneira das artes modernas, o único artista plástico a representar o índio como forma de protesto. Sem contar o seu layout irreverente, que choca e foge aos padrões do ser comum”, arremata Isabella.